terça-feira, fevereiro 05, 2008
PORQUE NO SE CALLAN?...
No seu jeito meio atarantado, o Director da Policia Judiciária veio dar nova entrevista à televisão. Meteu água, deu barraca, claro, ao reconhecer (como quem bebe um copo de água, dizia o azougado Prof. Marcelo...) que o corpo policial do qual é director e primeiro responsável, afinal se teria precipitado ao considerar como arguidos ( assim uma espécie de suspeitos com forte probabilidade de culpa, uma figura tão curiosa da cultura jurídica portuga, que nem tem tradução noutras línguas...) os pais ingleses da menina desaparecida no Algarve.
Outros magistrados não resistiram a ficar calados, vieram tambem falar às televisões, deitando mais achas para a fogueira, arrotando postas de pescada sobre a gafe do Director da PJ . Esta gente péla-se mesmo por dar entrevistas, aparecer nas pantalhas, ser reconhecida pelos vizinhos e pelo barbeiro lá do bairro.
Logo veio o inefável dr. Cluny, na sua voz melíflua e glicodoce, falar em nome do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, orgão sindical a quem deveria competir somente defender os interesses socio-profissionais dos seus associados sindicalizados, sobretudo enquanto assalariados pagos pelo Estado.
Depois, tambem falou o Presidente da Associação Sindical dos Juizes, essa aberração corporativista permitida no regime democrático português, de um sindicato de titulares de orgãos de soberania.
Quais comentadores de serviço, também botaram faladura, como é costume, os desembargadores Reis e Rui Rangel, muito sorridentes e charmosos, que sempre aparecem quando há broncas no desacreditado e decrépito sistema judicial da gloriosa Pátria. Engraçado é como todos eles começam sempre por dizer que não vão comentar os casos em si, que vão falar em abstracto, patati-patata. Mas depois sempre acabam por tecer considerações, botar bitates, e lançar opiniões que quem os ouve está mesmo a ver que se aplicam ao caso que eles começaram por não querer comentar em concreto.
Não haverá quem possa e deva mandar calar estes magistrados e juizes , não lhes permitindo andar a fazer declarações públicas sempre que lhes puxe a chinela para comentar questões concretas da aplicação da Justiça, ou com elas relacionadas?
Não caberia ao Conselho Superior da Magistratura fazê-lo, impondo a sua autoridade?...
Porque no se callan?...
No seu jeito meio atarantado, o Director da Policia Judiciária veio dar nova entrevista à televisão. Meteu água, deu barraca, claro, ao reconhecer (como quem bebe um copo de água, dizia o azougado Prof. Marcelo...) que o corpo policial do qual é director e primeiro responsável, afinal se teria precipitado ao considerar como arguidos ( assim uma espécie de suspeitos com forte probabilidade de culpa, uma figura tão curiosa da cultura jurídica portuga, que nem tem tradução noutras línguas...) os pais ingleses da menina desaparecida no Algarve.
Outros magistrados não resistiram a ficar calados, vieram tambem falar às televisões, deitando mais achas para a fogueira, arrotando postas de pescada sobre a gafe do Director da PJ . Esta gente péla-se mesmo por dar entrevistas, aparecer nas pantalhas, ser reconhecida pelos vizinhos e pelo barbeiro lá do bairro.
Logo veio o inefável dr. Cluny, na sua voz melíflua e glicodoce, falar em nome do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, orgão sindical a quem deveria competir somente defender os interesses socio-profissionais dos seus associados sindicalizados, sobretudo enquanto assalariados pagos pelo Estado.
Depois, tambem falou o Presidente da Associação Sindical dos Juizes, essa aberração corporativista permitida no regime democrático português, de um sindicato de titulares de orgãos de soberania.
Quais comentadores de serviço, também botaram faladura, como é costume, os desembargadores Reis e Rui Rangel, muito sorridentes e charmosos, que sempre aparecem quando há broncas no desacreditado e decrépito sistema judicial da gloriosa Pátria. Engraçado é como todos eles começam sempre por dizer que não vão comentar os casos em si, que vão falar em abstracto, patati-patata. Mas depois sempre acabam por tecer considerações, botar bitates, e lançar opiniões que quem os ouve está mesmo a ver que se aplicam ao caso que eles começaram por não querer comentar em concreto.
Não haverá quem possa e deva mandar calar estes magistrados e juizes , não lhes permitindo andar a fazer declarações públicas sempre que lhes puxe a chinela para comentar questões concretas da aplicação da Justiça, ou com elas relacionadas?
Não caberia ao Conselho Superior da Magistratura fazê-lo, impondo a sua autoridade?...
Porque no se callan?...