segunda-feira, fevereiro 04, 2008
ESPATIFAR RECURSOS EM TGV’s...
Para que serviria um TGV entre Lisboa e Porto?. Para encurtar o tempo de viagem ferroviária entre as duas cidades em cerca de 40 minutos.
Escrevo acima no condicional, porque ainda tenho esperança de que o actual Governo possa ter o bom senso de abandonar a insensata ideia de espatifar umas largas centenas de milhões de euros para tão escasso retorno. As duas cidades já estão ligadas por duas auto-estradas (que em partes do seu percurso distam entre elas de 5 a 10 km ), por uma linha de caminho de ferro ainda com potencial de melhoria, por ponte aérea cujo preço poderá ser reduzido. Para quê então uma nova linha de TGV ?
De resto, é bem evidente que as primeiras dificuldades estão a surgir no terreno. Será de facto muito dificil, numa faixa litoral de uns 50 a 60 km, encontrar espaços por onde “enfiar” um corredor de uns 20 a 30 metros de largura, que não pode ter grandes curvas, sem que não haja solos agrícolas destruidos, habitats naturais ameaçados, freguesias e localidades cortadas a meio, caminhos e estradas interrompidas, casario derrubado. Como já está a suceder, iremos assistir a vários levantamentos “populares” nas áreas entre as duas cidades. As expropriações, os recursos aos tribunais, quiça as providências cautelares, irão adiando o início das obras lá para as calandas.
O mesmo direi para a anunciada ligação por TGV entre Porto e Vigo. Conhecendo o modelo de povoamente da região litoral entre Douro e Minho, e em particular na zona entre Porto, Braga, Barcelos e Guimarães, não tenho imaginação suficiente para ver como e por onde se irá “enfiar” o corredor da nova ferrovia.
Concordo, sem sombra de dúvida, ser indispensável um novo aeroporto internacional na área de Lisboa. É mais do que evidente que o actual já é, e sê-lo-à cada vez mais, um factor de bloqueamento do desenvolvimento e de modernização do país.
Concordo com o TGV entre Lisboa e Madrid . Portugal não poderia ficar separado da rede europeia de TGV’s. A orografia dos espaços alentejanos e o modelo de povoamento não criam as dificuldades que existem na faixa litoral entre Lisboa e Porto, e depois na super povoada área litoral entre o Porto e a fronteira galega. E creio que a ligação de TGV entre as duas capitais poderá vir a dar retorno significativo. Foi isso que aconteceu na ligação entre Madrid e Sevilha, em que os comboios de TGV andam sempre cheios.
Actualmente, para se ir do centro de Lisboa ao centro de Madrid, levam-se umas 4 horas e meia bem contadas. Duas horas até se tomar o avião em Lisboa, uma hora de voo, 45 minutos entre o aterrar do avião e chegarmos à saida do enorme aeroporto de Madrid, e finalmente 30 a 45 minutos para se chegar ao centro de Madrid, por taxi ou por metro. Menos tempo demorará a viagem por TGV entre o Oriente e Atocha, ali bem junto do Prado e da praça de Cibeles. Com menos consumo de energia por viajante, e com menos emisão de CO2 por viajante.
Deveriamos concentrar por isso os nossos escassos recursos nessas duas grandes obras. Já teremos que chegue para nos consumir durante muitos anos. E gaste-se então o dinheiro que porventura haja disponível onde ele dê mais retorno para a modernizaçao do país. Numa “revolução” na nossa cultura jurídica e no nosso sistema judicial, por exemplo.
Não se poderia movimentar a chamada “sociedade civil” para tentar convencer os actuais governantes a, sobre esta matéria dos TGV’s, pensarem com mais inteligência e com os pés mais bem assentes na terra?
Para que serviria um TGV entre Lisboa e Porto?. Para encurtar o tempo de viagem ferroviária entre as duas cidades em cerca de 40 minutos.
Escrevo acima no condicional, porque ainda tenho esperança de que o actual Governo possa ter o bom senso de abandonar a insensata ideia de espatifar umas largas centenas de milhões de euros para tão escasso retorno. As duas cidades já estão ligadas por duas auto-estradas (que em partes do seu percurso distam entre elas de 5 a 10 km ), por uma linha de caminho de ferro ainda com potencial de melhoria, por ponte aérea cujo preço poderá ser reduzido. Para quê então uma nova linha de TGV ?
De resto, é bem evidente que as primeiras dificuldades estão a surgir no terreno. Será de facto muito dificil, numa faixa litoral de uns 50 a 60 km, encontrar espaços por onde “enfiar” um corredor de uns 20 a 30 metros de largura, que não pode ter grandes curvas, sem que não haja solos agrícolas destruidos, habitats naturais ameaçados, freguesias e localidades cortadas a meio, caminhos e estradas interrompidas, casario derrubado. Como já está a suceder, iremos assistir a vários levantamentos “populares” nas áreas entre as duas cidades. As expropriações, os recursos aos tribunais, quiça as providências cautelares, irão adiando o início das obras lá para as calandas.
O mesmo direi para a anunciada ligação por TGV entre Porto e Vigo. Conhecendo o modelo de povoamente da região litoral entre Douro e Minho, e em particular na zona entre Porto, Braga, Barcelos e Guimarães, não tenho imaginação suficiente para ver como e por onde se irá “enfiar” o corredor da nova ferrovia.
Concordo, sem sombra de dúvida, ser indispensável um novo aeroporto internacional na área de Lisboa. É mais do que evidente que o actual já é, e sê-lo-à cada vez mais, um factor de bloqueamento do desenvolvimento e de modernização do país.
Concordo com o TGV entre Lisboa e Madrid . Portugal não poderia ficar separado da rede europeia de TGV’s. A orografia dos espaços alentejanos e o modelo de povoamento não criam as dificuldades que existem na faixa litoral entre Lisboa e Porto, e depois na super povoada área litoral entre o Porto e a fronteira galega. E creio que a ligação de TGV entre as duas capitais poderá vir a dar retorno significativo. Foi isso que aconteceu na ligação entre Madrid e Sevilha, em que os comboios de TGV andam sempre cheios.
Actualmente, para se ir do centro de Lisboa ao centro de Madrid, levam-se umas 4 horas e meia bem contadas. Duas horas até se tomar o avião em Lisboa, uma hora de voo, 45 minutos entre o aterrar do avião e chegarmos à saida do enorme aeroporto de Madrid, e finalmente 30 a 45 minutos para se chegar ao centro de Madrid, por taxi ou por metro. Menos tempo demorará a viagem por TGV entre o Oriente e Atocha, ali bem junto do Prado e da praça de Cibeles. Com menos consumo de energia por viajante, e com menos emisão de CO2 por viajante.
Deveriamos concentrar por isso os nossos escassos recursos nessas duas grandes obras. Já teremos que chegue para nos consumir durante muitos anos. E gaste-se então o dinheiro que porventura haja disponível onde ele dê mais retorno para a modernizaçao do país. Numa “revolução” na nossa cultura jurídica e no nosso sistema judicial, por exemplo.
Não se poderia movimentar a chamada “sociedade civil” para tentar convencer os actuais governantes a, sobre esta matéria dos TGV’s, pensarem com mais inteligência e com os pés mais bem assentes na terra?