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sábado, janeiro 12, 2008

VOTAR POR EXCLUSÃO DE PARTES...

Depois de semanas de intenso desgaste da imagem do Governo e do Primeiro-Ministro, em particular a construida pela opinião publicada, uma sondagem revelada ontem mostra que ainda há 43 % de intenções de voto no PS, se as eleições fossem agora. O PS não teria maioria absoluta, ficando dela a uns 2 ou 3 pontos percentuais.
Não se pode considerar um mau resultado, a 3/5 da legislatura. E que deixa confortável margem de melhoria daqui até às eleições legislativas agendadas para 2009.
Feito o grande do esforço da conquista de um melhor equilíbrio orçamental ( demonstrando que afinal, no seio da União Europeia, há pouca “vida para além do deficit “, e que este é um parametro essencial como alavanca do crescimento económico) na primeira parte da legislatura, e se não derem em grande trovoada as escuras núvens do horizonte da economia americana e mundial, é mais que certo que lá para o final de 2008-principios de 2009, o Primeiro-Ministro dará directivas para desapertar o cinto. Em particular no domínio fiscal. Vão chover raios e coriscos por parte das oposições, acusando-o de eleitoralismo e de outras malfeitorias. Mas, sejamos francos, fará então o que qualquer governante no poder faria . Sobretudo depois de ter gerido com alguma sabedoria o ciclo eleitoral.

José Sócrates está muito longe de ser um políico perfeito. Há muitos aspectos da sua prática política que acho detestável. Poderia e deveria ter actuado muito melhor em muitas decisões. Não gostei nada da história da sua “licenciatura” e de toda aquela história toda da passagem oportunista dele pela Universidade Independente. Mas tambem tem características pessoais muito positivas, se comparado com antecedentes seus, como António Guterres e sobretudo Santana Lopes. Feito um balanço global da obra feita ( a que voltarei mais tarde, se puder), o seu desempenho tem, em minha opinião, nota positiva.

Se as eleições fossem amanhã, voltaria a votar nele? Voltaria.
De há muito tempo a esta parte que, em política como em mais outros domínios, me habituei a escolher e a votar por exclusão de partes, chegada a hora de escolher e de votar. E para mim, como para muitos portugueses, porventura neste momento muito desiludidos e muito zangados com José Sócrates, na hora de votar, por exclusão de partes, como eu costumo fazer, tal resultaria em desde logo excluir Filipe Menezes. Para já não falar em Francisco Louçã, Jerónimo de Sousa e Paulo Portas.

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