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quarta-feira, janeiro 30, 2008

A VITÓRIA DA PATULEIA...

A espíritos farisaicamente “humanistas”, e no clamor de hossanas à demissão do Ministro da Saúde, que se estende da esquerda à direita, isto vai soar a terrível heresia.
Lamento a saída de Correia de Campos, acho-a chocantemente injusta, e não me cheira nada que dela venham a resultar boas consequências.
Assim numa muito preliminar avaliação, e a julgar pelas múltiplas declarações que logo começou a fazer, ainda antes de tomar posse, a nova Ministra parece uma re-edição da antiga Ministra Maria de Belém Roseira, muito boa senhora, sempre charmosa, sempre muito sorridente, mas de uma ineficácia política clamorosa. Ficarei a aguardar alguns indícios de que possua coragem e arcaboiço político para continuar a fazer as reformas indispensáveis a assegurar a sustentabilidade do SNS, enfrentando os interesses corporativos instalados, como os dos médicos e os dos autarcas, sobretudo dos que sabem organizar uma “patuleia”. Para já, prometeu diálogo, repetindo a palavra por três vezes, em declarações aos jornalistas logo proferidas após ter tomado posse...Mau sinal!....

Estou de resto inteiramente de acordo com o que, sobre o assassinato político de Correia de Campos, escreve Vital Moreira no seu blogue Causa Nossa :

“O afastamento do Ministro da Saúde na esperada remodelação governamental constitui uma clara vitória da rua, do aparelho do PS e da oposição. Decididamente é impossível fazer reformas contra os interesses estabelecidos, contra as visões localistas e contra o clamor demagógico dos média.Resta esperar que a reforma do SNS que Correia de Campos concebeu e iniciou - absolutamente necessária para a sua sobrevivência - não fique pelo caminho, para gáudio dos que apostam sobretudo na sua insustentabilidade. Mas o mais prudente nestes cenários é temer a contra-reforma...”

Como se desfaz um ministro

Primeiro monta-se uma metódica campanha de assassinato político, com a prestimosa colaboração das televisões-tablóide. Depois passa-se a mensagem de que "o ministro é insustentável"...”

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