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domingo, janeiro 06, 2008

ESTAREMOS PERANTE UMA EPIDEMIA?

Depois de Vasco Pulido Valente (VPV) e de Miguel Sousa Tavares (MST), veio agora António Barreto (AB) escrever, no PUBLICO de hoje, uma crónica doentiamente repleta de fel e vinagre, clamando que, aqui d’El Rei, estamos a entrar num estado de terror, as liberdades individuais estão ameaçadas, e outras fantasias do género.
Sem se dar conta do registo patético que está a usar, dispara contra perigos tão terríveis como o dos novos modelos do bilhete de identidade e da carta de condução, da videovigilância, da extinção dos partidos políticos fantasmas, bem como, não poderia deixar de ser, da ASEA e da lei de protecção dos não fumadores.
Escreve mesmo uma falsidade ( ou uma mentira?...) quando refere que “ a retirada dos nomes dos santos de centenas de escolas (...) é um acto ridículo de fundamentalismo intolerante “. A notícia era título a toda a largura de primeira página do Correio da Manhã de há dias, jornal a que pelos vistos António Barreto dá todo o crédito. Sucede que ela é totalmente falsa, e já foi oficialmente desmentida.
A aleivosia da crónica culmina com uma insinuação acusatória e insultuosa, mais própria de um tabloide britânico ou do antigo Pravda da extinta URSS :

“ Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei.
(...) O primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas três últimas décadas “.

A escrita de um tal quadro aterrador, possivelmente depois de uma noite mal dormida, retira credibilidade a críticas pertinentes que faça à actuação de José Sócrates e do seu Governo, e que estes realmente merecem. Se porventura adoptar uma estratégia de vitimização, o primeiro-ministro vai colher dividendos deste tipo de ataques.

VPV, MST e AB são três comentadores de que sou fiel leitor, e cuja talentosa forma de escrever muito aprecio. Por isso me doi ler escritos da sua autoria através dos quais parecem ter-se passado e ensandecido.

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