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domingo, janeiro 20, 2008

ESCOLA FÁCIL IGUAL A VIDA DIFICIL
Da entrevista concedida pelo Prof. Valadares Tavares ao PUBLICO de hoje :
"Costumo dizer aos meus alunos : escola fácil igual a vida difícil, escola difícil igual a vida fácil. A escola não deve ser fácil. A escola deve ser acolhedora, mas muito exigente, difícil. A escola tem de preparar as pessoas para a sociedade moderna. Mas no nosso país tem havido ideias erradas em relação a isto.Ainda há pouco tempo havia quem defendesse que os níveis de exigência deveriam ser definidos na escola, resultantes da interacção entre professores e alunos. Isto é uma patetice. Os níveis de exigência são os necessários para eles se prepararem para a competição global em que vão viver".
Aqui há uns tempos, vi na Figueira da Foz publicidade a uma escola local do ensino básico, privada, cujo nome era "Estudos e Brincadeiras". Admito que essa escola até possa ter qualidade e sucesso pedagógico. Não sei. Mas o nome é francamente infeliz, por sugerir que a escola aceita e adopta uma das vertentes do paradigma pedagógico ainda predominante no ensino em Portugal, alimentado pelos chamados "cientistas da educação" indígenas. No quadro do qual, as criancinhas devem aprender como se estivessem a brincar, sem se cansarem e sem sofrerem muito, sem traumas, e sem queimarem as pestanas. Costuma ser este o discurso glicodoce de muitos psicólogos, psicólogas, pedagogos, educadores de infância e equiparados que por aí se vão ouvindo.
A irradicação radical daquele paradigma terá, a meu ver, mais efeitos positivos do que muitos milhões de euros despejados no sistema de ensino em Portugal. A actual Ministra da Educação fez alguma coisa no sentido de conseguir essa irradicação. Mas foi ainda pouco.

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