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segunda-feira, dezembro 03, 2007

O GRAU ZERO DA CREDIBILIDADE

A actividade e a luta partidária requerem um mínimo de vergonha e de decência. A ambição de ser alternância no poder, numa democracia, requer um mínimo de credibilidade.
Esses níveis mínimos estão muito longe de ser actualmente atingidos pelo PPD/PSD, ao recusar a contracção de um empréstimo por parte do Município de Lisboa destinado a pagar um enorme calote acumulado a fornecedores e empreiteiros privados.
Não custa a perceber que se trata de baixa chicana política, de quem se está nas tintas para a operacionalidade do Município de Lisboa, e para o interesse dos cidadãos munícipes, de quem opta e procura a estratégia do quanto pior melhor, de terra queimada.
Uma forma muito feia de fazer política, e que descredibiliza quem assim a faz.
Mas o método é tanto mais obsceno quando se sabe que, nos últimos 6 anos, a gestão do Município de Lisboa esteve a cargo de vultos políticos escolhidos pelo PSD : Santana Lopes e Carmona Rodrigues.
O mesmo Santana Lopes que, repetindo o que já antes fizera na Figueira da Foz, praticou em Lisboa uma política de irresponsável despesismo conducente à enorme dívida agora acumulada.
O mesmo Santana Lopes que, tendo andado e andando por aí, compartilha agora a liderança do PPD/PSD com Filipe Meneses. O mesmo Filipe Meneses que, por seu lado, é responsável pelo desavergonhado endividamento da Câmara Municipal de Gaia.

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