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sexta-feira, dezembro 28, 2007

ALTA TENSÃO, COISA DO DEMO

A histeria que vai por aí, feita de ignorância e de obscurantismo próprios de um país terceiro mundista, alimentada e manipulada por uns tantos activos caciques locais, sobre os demoníacos efeitos das linhas de alta tensão, ainda um dia destes acaba num grande apagão de energia eléctrica.
Por falta de redundância na rede de abastecimento de electricidade a toda a região da grande Lisboa, esse perigo é real. Se e quando tal ocorrer, os lesados deverão ir bater, violentamente, à porta do ou dos senhores juizes que andam a brincar ás providências cautelares, deixando-se pusilanimemente ir a reboque das reivindicações “populares”, e fazendo das suas doutas sentenças verdades científicas, cuja descobeta decerto merecerão o prémio Nobel.
Entretanto, a REN vai anunciando que , por ter de enterrar muitas linhas de alta tensão, o preço da energia eléctrica vai subir, e muito. Alegremo-nos por isso. Mas não muito. Não nos admiremos que um dia destes, ambientalistas, higienistas e caciques locais venham a denunciar os terríveis perigos das linhas de alta tensão enterradas.
É que, com efeito, como noticiava na semana passada “ O Inimigo Publico “ , suplemento satírico do PUBLICO,

“Campos electromagnéticos enterrados contaminam lençois de água e prejudicam a agricultura
O enterro das linhas de muito alta tensão é uma solução tecnicamente má ( ao nível do aeroporto da Ota) e ambientalmente irresponsável ( aeroporto na margem sul).
Segundo os técnicos da REN, as linhas enterradas magnetizm os aquíferos subterrâneos dispersando o campo magnético por vastas áreas geográficas, induzindo propriedades magnéticas nos produtos agrícolas, que passam a atrair objectos metálicos e a fazer disparar os alarmes nos supermercados.”

Em tal caso, iremos talvez assistir a novas movimentações “populares”, exigindo desta feita, tal como tambem noticiava “O Inimigo Público” referido, que :

“Em caso de falha da outra linha, a electricidade apenas poderá chegar às populações em auto-tanques dos bombeiros, e em zonas históricas com rua estreitas, poderá mesmo ter que ser baldeada para o interior das habitações”

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