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segunda-feira, novembro 12, 2007

UM RUHR À ESCALA LUSITANA

Nas páginas centrais do suplemento de Economia do EXPRESSO do último sábado, pode ler-se, a letra gorda : “ Projectos no Eixo Estarreja-Figueira ultrapassam os 2,1 mil milhões de euros” . E mais a abaixo: “ Aveiro e Figueira da Foz ganham poder de atracção”.
Ao lado, de cima a baixo, um mapa de uma faixa litoral indo de Estarreja à Figueira, com 4 grandes círculos coloridos, proporcionais aos respectivos volumes de investimentos programados em unidades produtivas, centrados em Estarreja, Aveiro, Mira e Figueira.
O circulo da Figueira é o maior de todos, com um raio de 7,5 cm, representando um volume total de investimento de 1385 milhões de euros, dois terços do valor total previsto para o referido eixo.
Este, bem poderia e merecia ser prolongado até à Marinha Grande passando por Pombal, naquilo que poderá vir a ser uma espécie de Ruhr lusitano, com o par das cidades Figueira-Aveiro, e obviamento tambem dos seus portos marítimos, em posição estratégicamente central e nuclear.

Seria portanto uma boa altura da Figueira da Foz, alinhando-se com Aveiro, se libertar de vez da sua histórica imagem de terra vocacionada para o turismo, para o folguedo, para o cachondeo e para a animação.
Perfil que, nos tempos gloriosos da governação municipal de Santana Lopes, e dos seus dilectos sucessores políticos, se tem procurado colar à Figueira da Foz, em opção orientada mais por razões ligadas à ambição política e de protagonismo mediático dos seus actores, e menos por uma visão sábia do futuro a médio-longo prazo do desenvolvimento da terra e das suas gentes.

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