domingo, novembro 04, 2007
O ESTATUTO DO ALUNO - 1
Houve um tempo, na ressaca da bebedeira de democracia que se seguiu ao 25 de Abril, em que, como gostava de lembrar Francisco Lucas Pires, o preço da bica era discutido em Conselho de Ministros.
Nos últimos dias, trinta anos volvidos, um simples regulamento disciplinar sobre os deveres dos alunos do ensino secundário, quase gera uma crise política, com exigências de pedido de demissão da Ministra da Educação e tudo.
Só faltou apresentar uma moção de censura ao Governo, tentando fazê-lo cair. Valha-os Deus, pois não têm qualquer sentido das proporções
De qualquer forma, terá de reconhecer-se que a forma como a Ministra e o Partido Socialista lidaram com a matéria foi muitíssimo trapalhona. Ambos acabaram por não ficar nada bem na fotografia. A meu ver, em parte por ambos enfermarem ainda, em certo grau, de um obsoleto preconceito de que, coitadinhas, as criancinhas não devem ser traumatizadas e nunca individualmente responsabilizadas, pois são sempre as vítimas inocentes do “sistema” .
Tivesse a melhor solução sido procurada sem a sombra desse preconceito, e não teria havido a baralhada e o confuso cruzamento de versões e de contradições que se verificaram.
Houve um tempo, na ressaca da bebedeira de democracia que se seguiu ao 25 de Abril, em que, como gostava de lembrar Francisco Lucas Pires, o preço da bica era discutido em Conselho de Ministros.
Nos últimos dias, trinta anos volvidos, um simples regulamento disciplinar sobre os deveres dos alunos do ensino secundário, quase gera uma crise política, com exigências de pedido de demissão da Ministra da Educação e tudo.
Só faltou apresentar uma moção de censura ao Governo, tentando fazê-lo cair. Valha-os Deus, pois não têm qualquer sentido das proporções
De qualquer forma, terá de reconhecer-se que a forma como a Ministra e o Partido Socialista lidaram com a matéria foi muitíssimo trapalhona. Ambos acabaram por não ficar nada bem na fotografia. A meu ver, em parte por ambos enfermarem ainda, em certo grau, de um obsoleto preconceito de que, coitadinhas, as criancinhas não devem ser traumatizadas e nunca individualmente responsabilizadas, pois são sempre as vítimas inocentes do “sistema” .
Tivesse a melhor solução sido procurada sem a sombra desse preconceito, e não teria havido a baralhada e o confuso cruzamento de versões e de contradições que se verificaram.