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sexta-feira, outubro 26, 2007

O EXEMPLO DAS OBRAS DO MOLHE NORTE

O que é chocante, não é o PIDDAC para 2008 não contemplar verba destinada à obra de prolongamento do molhe norte do porto da Figueira da Foz.
O que é uma vergonha, isso sim, verdadeiramente terceiro-mundista, é uma obra daquelas demorar anos e anos a fio desde o momento da tomada da decisão política até ao início efectivo da obra, para começar.
Tudo isso depois de estudos prévios, muitos estudos, re-estudos, relatórios (cheios de palha , muita palha) e avaliações de impacte ambiental, concursos abertos e depois suspensos, contestações, providências cautelares pelo meio, e outras vicissitudes empasteladoras. Tudo isso no típico estilo lento, pachorrento, administrativista, burocrático, litigante, formalista, dos processso de decisão e adjudicação “ à portuguesa”. Para dar a volta a isto, quando haverá SIMPLEX?...

Relativamente a este caso concreto do molhe da Figueira da Foz, bem melhor seria que os senhores deputados da “paróquia”, em vez de mandarem bitates condenatórios ou explicativos ( conforme o partido que está no poleiro...), promovessem ou efectuassem eles próprios uma detalhada e necessáriamente trabalhosa auditoria, para avaliar com quem, quando e como o processo se foi empastelando desta maneira ao longo destes anos todos.
Muito pouco iria adiantar para que o início das obras do molhe pudesse ter lugar no próximo ano. Mas pelo menos poderia contribuir para que se tomassem medidas correctivas, a fim de que futuros processos de decisão-adjudicação deixem de se desenrolar em tal desesperante passo de caracol.
De outro modo, só vamos ter novo aeroporto daqui a 20 ou 30 anos. E dá-me a impressão que se correrá o risco de se espatifarem ou irem para o “galheiro” muitos milhões dos cerca de 10 milhões de euros por dia que o QREN prevê para Portugal no decurso dos próximos 7 anos.

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