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domingo, outubro 14, 2007

O CALCULISMO NA POLÍTICA

No discurso que ontem proferiu no Congresso do PSD, Manuela Ferreira Leite (MFL) pronunciou-se quanto à estratégia que, em sua opinião, o partido deveria seguir, no tocante às questões da regionalização e do eventual referendo sobre o novo tratado da União Europeia. Questões sobre as quais, aliás, Filipe Menezes se havia declarado contrário às posições de Marques Mendes.

Fê-lo, a meu ver, com um calculismo algo cínico, por isso feio, surpreendente numa pessoa habitual e justamente reconhecida como rigorosa, racional, e dotada de alguma imagem de referência ética.
Que disse MFL, em resumo? Mais ou menos isto.
Sobre aquelas duas matérias ( regionalização e referendo) o PSD deveria deixar ao PS o papel de ir à frente, e de ser o primeiro a pronunciar-se ; enfim, o papel de lebre. Ou seja que, naquelas matérias, o PS se manifestasse, e depois logo se verá qual deve ser a posição do PSD.

Estou a ver, numa visão de pão-pão-queijo-queijo.
Se, quanto ao tema referendo, o PS vier a ser contra, então o PSD deveria ser a favor. E vice-versa.
Se, quanto à regionalização, o PS vier a ser favor, então o PSD deveria ser contra. E vice-versa.
É esta então a forma de fazer política em Portugal. Depois queixem-se da má imagem que a classe política tem.

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