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terça-feira, junho 19, 2007

MARCELO SUPER STAR

Ontem à noite, e durante duas horas e meia, em estilo de one man show, Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) entreteve uma elevada e divertida audiência no salão do Casino da Figueira da Foz.
Enquanto entertainer social, e mestre catedrático da arte de comunicar, MRS teve um desempenho brilhante, como aliás é com ele habitual.
Contou histórias, desvendou pequenos segredos dos bastidores da vida partidária, divertiu a assistência, mandou alguma bicadas políticas ( contei umas três, claras e directas a Santana Lopes...), levantou-se, sentou-se, passeou pelo palco, gracejou, falou muito dele próprio.
De caminho, num registo de optimismo, e sempre numa torrente de palavras, em discurso escorreito, fez uma análise aligeirada do desempenho da sociedade portuguesa nas últimas três décadas, e dos desafios difíceis que lhe estão colocados. Comentou depois umas duas ou três questões mais candentes da agenda política nacional, desde a polémica Ota –Alcochete até às razões que explicam o surto epidémico de litigância administrativa que grassa na sociedade portuguesa ( reflectida por exemplo no “desporto” de accionar providências cautelares por tudo e por nada...).

Marcelo Rebelo de Sousa tem uma concepção excessivamente lúdica da actividade política. Encara-a como uma brincadeira divertida, mais do que uma preocupação cívica.
Por isso, não se pode esperar que nem sempre seja tomado muito a sério, enquanto político.
Sem dúvida que o eleitor médio português gosta muito de ouvir.
Mas duvido que algum dia lhe daria ou dará mandato para se ocupar da gestão política de qualquer área, orgão ou aspecto da res-publica.

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