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quinta-feira, março 01, 2007

“AS POPULAÇÕES” E “AS MASSAS POPULARES”

O que por aí se vai vendo e ouvindo, por estes dias, sobre os mais ou menos conseguidos esforços de intoxicação dos espíritos, aproveitando a boleia da re-estruturação da rede nacional das urgências hospitalares, suscita-me uma reflexão.

No moderno jargão politiquês, o termo “populações” que enchem praças, cortam estradas, fazem grandes buzinões e arreliantes marchas lentas, está actualmente para o regional-caciquismo, assim como o termo “massas populares” estava para o léxico da vulgata do marxismo-leninismo estalinista.
Assemelha-se a terminologia, e assemelham-se as técnicas de manipulação, a exploração da emotividade e do bairrismo das pessoas e, alguns casos, o obscurantismo dos argumentos.

Com indisfarçável arrogância intelectual, já o tele-sensacional-jornalismo utiliza frequentemente, por outro lado, o termo “populares” .
Para designar aquelas senhoras que protestam, esbracejam, e berram de forma estridente nas manifestações ou nos desastres, sobretudo quando se apercebem que as câmaras dos operadores de televisão estão ligadas e a elas apontadas.

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