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terça-feira, fevereiro 06, 2007

UM VOTO DE QUALIDADE OU A QUALIDADE DE UM VOTO

O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz usou mais uma vez o seu voto de qualidade em sessão camarária.
Desta vez, não para fazer aprovar qualquer proposta sua, mas para chumbar uma proposta da oposição, em votação que mereceu a abstenção, desta feita presencial, do Vereador Pereira Coelho.
Proposta, hei-de reconhecer, que não primava pela originalidade, pois era a de criar uma comissão, a ser presidida pelo Presidente da Câmara, para estudar a requalificação e a revitalização da baixa ribeirinha e o Bairro Novo.
Ora já se sabe, de há muito tempo, que a melhor forma de manter sem solução um qualquer problema, é nomear uma comissão para tratar dele. Para depois ela fazer um diagnóstico, meditar e definir uma estratégia, publicar um longo relatório ou um livro branco, se calhar com muitos e coloridos gráficos , para serem apresentados num sugestivo “power point”...
Ou sobre esse problema fazer mais umas reflexões, como teria sido proposto pelo abstencionista Vereador Pereira Coelho. Que de resto sempre poderão ser feitas por qualquer grupo ou entidade da sociedade civil, como agora está na moda dizer-se.

Mais do que criar comissões, importaria, isso sim, dar contributos e propostas concretas, bem localizadas, exequíveis, e realistas, que eventualmente sejam susceptíveis de colocar em candidaturas para alguns dos vários milhões do QREN que para aí se anunciam.
Querem cinco contributos ou propostas?

Cuide a Câmara Municipal de obter algum dinheiro, se necessário poupado de alguma outra rubrica da despesa, e recupere totalmente o Castelo Engº Silva.

Promova a Câmara Municipal, com mais empenhamento, recorrendo a linhas de crédito,e corrigindo a sua situação financeira para o permitir, a recuperação de muitos prédios do Bairro Novo, que se encontram em lastimoso estado de degradação.

Promova-se um policiamento mais eficaz e presencial das áreas do Bairro Novo, sobretudo a mais altas horas da noite.

Comece-se a preparar desde já um ante-projecto para a duplicação da Avenida 25 de Abril, desde a Ponte do Galante até ao forte de Santa Catarina.

Comece-se desde já a preparar o processo de florestação de uma grande parte do areal fronteiro à cidade da Figueira da Foz, de forma gradual, intensivamente assistida, e sustentável, transformando-o num grande parque verde.
[ Não, não estou a pensar em mais oásis à Santana ; mas sim em visão e projecto de muito mais longo prazo, a 20 ou 30 anos...O problema é que tal não dará votos para as próximas eleições autárquicas. Aqui por estas bandas, os eleitos autárquicos têm tendência a querer “encher o olho” do eleitor com obra mais vistosa, que se veja mais de imediato... ]

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