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quarta-feira, janeiro 03, 2007

UM POVO DE CIGARRAS (2)

Feitas bem as contas, nos 31 dias de calendário do mês Dezembro de 2006 , uma grande parte da força laboral portuguesa , que inclui as Administrações Central e Local, a banca, as seguradoras, os tribunais, os serviços de saúde e muitos outros, trabalhou apenas 45% desse tempo . Ou seja, trabalhou 17 dias, tendo estado 14 dias ausente do trabalho.
É obra, não está mau, para um país em crise, crescentemente endividado, e a ser pouco a pouco ultrapassado pelos novos estados membros da União Europeia...
Bem podem acusar e berrar que Rui Rio é arrogante, populista, de trato difícil e como tendo uma visão “economicista”, para empregar o lugar comum da moda.
Bem pode Rui Rio estar, como dizem, a compor a cama para concretizar a sua ambição política de, à escala do seu Partido e à escala da governação nacional, vir a ser mais alguma coisa do que Presidente da Câmara do Porto .
De resto, nem valerá muito negá-lo ; tem toda a legitimidade para alimentar essa ambição.
Estou-me nas tintas para isso. A verdade é que o seu impopular e quixotesco gesto, de não conceder tolerância de ponto no dia 26 de Dezembro no Município do Porto, teve e tem o meu incondicional apoio.
As carreiras políticas e o indispensável carisma que um estadista deve conquistar, junto do eleitorado, fazem-se também de gestos quixotescos.

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