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segunda-feira, janeiro 22, 2007

UM PERCURSO EXEMPLAR PARA UM DESEMPENHO EXEMPLAR

O caso vem noticiado no PUBLICO de hoje, em página interior. Passa quase despercebido.
Um senhor, chamado Jorge Galamba, foi durante o perído de 1998 a 2005, administrador delegado de uma empresa chamada FERGRÁFICA, do chamado grupo CP.
Esta empresa vive cronicamente com prejuizos e deficits; sobrevive à custa de injecções de recursos financeiros feitos pelo Estado, ou seja, à custa do dinheiro dos contribuintes. À semelhança, de resto, do que acontece com outras empresas do sector dos transportes, como a REFER, o Metropolitano de Lisboa, a Carris, ou a TAP. Com todos os contribuintes portugueses a pagar os serviços que só a alguns são prestados.

A empresa FERGRÁFICA é a principal fornecedora de material gráfico para a CP
e a Carris. Isto é, produz cartazes, folhetos, bilhetes, passes, catálogos, facturas, horários, e outras coisas de grande transcendência e de tecnologia de ponta.
Nada que não pudesse estar ao alcance de uma empresa, seleccionada por concurso, de entre uma dúzia de empresas gráficas privadas portuguesas, de média dimensão.

A FERGRÁFICA não apenas dava dava e dá prefjuizos, como estava falida, entre 1998 e 2005, e está falida agora. Chegou a ter salários em atraso aos seus trabalhadores, relata a notícia do PUBLICO.
A IGF (Inspecção Geral de Finanças) fez uma auditoria ou uma inspecção à FERGRÁFICA, empresa falida, e veio a descobrir que o Sr. Jorge Galamba, durante o período em que foi seu Administrador-Delegado, fez numerosas viagens ao estrangeiro para destinos tão intimamente ligados à actividade da FERGRÁFICA ou da CP como Nice, India, Brasil, Chicago, África do Sul e outros.

Da despesa que tais importantíssimas viagens provocaram, havia ainda cerca de 8 mil euros que não se encontravam devida e documentalmente justificadas.
Segundo a notícia do PUBLICO, o Sr. Jorge Galamba justificou tal omissão da seguinte maneira :

“Eu às vezes pagava coisas para as máquinas porque não havia dinheiro e depois era ressarcido mais tarde. Como nem sempre havia dinheiro para pagar as ajudas de custo, a metodologia usada foi esta : quando eu fazia viagens que eram minhas, particulares, a empresa pagava-mas para me ressarcir das ajudas de custo que antes não tinham sido pagas.”

Genial e exemplar, não?

E depois deste exemplar comportamento, sabem onde se encontra agora o Sr. Jorge Galamba a trabalhar, sabem?
Pois é um alto quadro do Tribunal Constitucional, onde se dedica à prestimosa actividade de fiscalizar as contas dos partidos políticos!

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