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quinta-feira, dezembro 14, 2006

SEREMOS UM PAÍS DE MAFIA E DE CAMORRA?...

Vi hoje a RTP entreter os telespectadores com quase 10 minutos de tempo de antena, cedido em directo, e no horário nobre do jantar, para as declarações indignadas de um senhor chamado Jorge Costa, que se dizia representante do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.

Parece que a direcção deste importante orgão ( será um orgão de soberania?...até parece....), de grande exposição mediática, esteve reunida toda a tarde, para apreciar a falta de solidariedade daquilo a que chamam o “poder político” , relativamente a um senhor delegado do Ministério Público dos lados do Porto que se queixa de ter sido seguido , em 2004, não se sabe bem por quem, mas parece ter sido alguém ligado ao processo do “apito dourado”. Só se terá lembrado de se queixar passados dois anos, mais enfim....

Os Magistrados do MP querem aparentemente que o tal “poder político” e os opinion makers indígenas lhes dêm mais importância, carinho e atenção.
São uns ingratos, e não sabem reconhecer a eminentíssima importância desta relevantíssima corporação do MP !
Tudo espremido a partir dos tais 10 minutos de papati patata, bla bla bla.., o que parece que os delegados do MP querem é ter uma viatura, um motorista e dois guardas costas para cada um deles. Devem também estar a pensar em reivindicar um prémio de risco, pois quando deixam o conforto dos gabinetes alcatifados, aquecidos, e com ar condicionado, correm imenso perigo de serem apanhados por um capanga qualquer ao serviço do Sr. Pinto da Costa ou da Mademoiselle Carolina Salgado.

Haja algum sentido do ridículo, meus senhores!...
Os senhores delegados do MP devem andar a ver demasiados filmes italianos sobre a luta dos respectivos magistrados contra a Mafia siciliana e a Camorra napolitana, que em tempos idos foram muito populares nas nossas televisões.
Ou será que já estamos a esse nível, neste Portugal de brandos costumes ?
Isto estará mau, mas não assim tão mau, co’s diabos.

PS.
Antigamente, nas comarcas, havia os “delegados do Procurador da República ”, que queria dizer isso mesmo, que tinham um poder, uma competência e uma missão que eram delegadas pelo Procurador da República.
Parece que agora se não diz assim. Todos são Procuradores adjuntos. Deve ser mais um exemplo da semântica aplicada ao politicamente correcto.
Também a Gramática vai virar TLEBS, né?....

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