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sexta-feira, novembro 24, 2006

INQUIETAÇÕES - 2

Como já tinha feito o QuintoPoder, neste post de ontem, referindo-se ao 28 de Maio a propósito de uma declaração de um oficial ( “Não foi para isto que os militares fizeram o 25 de Abril”), recorda hoje Vasco Pulido Valente na sua crónica do PUBLICO:

(...) convem lembrar ao Sr. Torres que se os militares “fizeram” o 25 de Abril, também “fizeram” o 28 de Maio e a ditadura e, durante a I República, dezenas de golpes de uma radical irresponsabilidade.
(...)
O Sr. Torres, consciente ou inconscientemente, ameaçou o poder civil(...).Este episódio não é inócuo, por muito inconcebível que seja qualquer nova “quartelada” .
O Governo e o Presidente da República têm de mostrar, com toda a clareza, os limites do permissível. Se o conseguirem.
(...)
Quantos “levantamentos”começaram por um simples protesto corporativo?
Na altura em que se permitiram associações profissionais de militares, com a saloiíssima desculpa de que também se permitem na “Europa”, era de prever que elas, tarde ou mais cedo, levassem a um sarilho sério.
Proibido pela lei, pelo Governo e pelos Chefes de Estado Maior, o “passeio” do Rossio põe o poder civil numa situação sem saída : ou engole e se desautoriza, ou reprime e agrava o caso, ou deixa andar e pune à socapa os cabecilhas, com uma cobardia que o irá fatalmente enfraquecer.
Escolha o que escolher, perde sempre.

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