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domingo, novembro 19, 2006

IMPETO REFORMISTA

Depois de duas a três semanas desastrosas ( uma delas designada por “ semana horribilis”) junto da opinião publica, designadamente com as trapalhadas do tarifário da electricidade, as explicações esfarrapadas sobre o fim do regime SCUT em algumas auto-estradas, e a sempre penalizadora discussão do Orçamento de Estado para o ano seguinte, José Sócrates e o Governo parecem ter ganho conforto e um novo élan, com os resultados do Congresso do PS e com a entrevista do Presidente da República.
Até talvez com as reacções à dita entrevista , nervosas e completamente inoportunas, da direcção do PSD e do seu líder Marques Mendes.
São disso sinais, vários comentários de alguma opinião publicada e de alguns “fazedores” de opinião.
Apareceram exemplos neste fim de semana, tais como por exemplo:

Quem disse ou escreveu na campanha presidencial que Cavaco era, de longe, o melhor candidato para Sócrates, teve toda a razão.
Agora, pode-se acrescentar que o bom entendimento entre os dois é um trunfo precioso para o país e que, sob nenhum pretexto ou interesse pontual de qualquer das partes deve ser desperdiçado.
(...)
O apoio declarado de Cavaco ao primeiro-ministro (...) é também gerador de grande incomodidade em alguns sectores do PSD, que gostariam de ter em Belém uma muleta para ajudar à longa travessia dté 2009. O caso é que, por mais legítimas que sejam as conveniências do PSD, ninguém pode levar a mal que o Presidente ponha o País à frente delas”
Fernando Madrinha , “Expresso” de 18.11.2006


O Governo vais fazendo as coisas e gerando descontentamento mas as pessoas não vêm alternativa
Rui Rio, “Sol” de 18..11.2006

O Governo do PS é neste momento uma praça-forte perante a qual todos os esforços dos adversários serão inglórios. Não vale a pena a oposição gritar. Será preferível guardar os cartuchos para quando puderem ser mais úteis”
José António Saraiva, “Sol” de 18.11.2006

Do Congresso do PS à entrevista do Presidente da República, passando pelas sondagens, a semana deixou-nos uma quase certeza: Sòcrates é o homem do leme e não há alternativas
Paulo Baldaia , “Jornal de Notícias” de 18.11.2006

E, suprema ironia, até a badalada entrevista de Santana Lopes, e os numerosos comentários que suscitou, quase sempre num registo e gozão, trazendo à memória dos portugueses o que foram aqueles poucos meses de desorientação do seu governo, e as características esquizofrénicas daquela mediática personalidade, veio dar reforçada razão à escolha dos portugueses nas últimas eleições legislativas.

Tenho esperança que José Sócrates mantenha e reforce agora o seu ímpeto reformista.
Nas palavras e na acção concreta, obviamente.
Estou seguro que lhe não faltará o apoio da maioria dos portugueses ( por muito que se queixem, resmunguem e manifestem), nem o apoio do Presidente da República.

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