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segunda-feira, novembro 13, 2006

DUAS REFLEXÕES SOBRE A DISCUSSÃO DO OGE

1
Como foi bem de ver e de ouvir, os discursos do Primeiro-Ministro e do Ministro das Finanças, no debate do Orçamento Geral do Estado para 2007, foram muito condicionados pela proximidade do congresso do PS, que se realizava passados uns dias.
Muito do que disseram e gritaram foi mais a pensar nas audiências e nas eventuais vozes críticas que iriam enfrentar no congresso.
Lição a retirar : um partido que esteja no poder não deverá marcar o respectivo congresso partidário para data próxima do debate sobre o Orçamento Geral do Estado, ou sobre qualquer outro tema quente e sensível da governação.

2
A banca lida com dinheiro, muito dinheiro. Com o que faz o capital, factor de produção de enorme importância para uma economia.
O dinheiro esta quase completamente imaterializado, nesta economia global.
Tem por isso uma enorme volatilidade. No tempo de um clique, pode mudar-se de Lisboa para Xangai.
O negócio da banca dá muito dinheiro de lucro.
Porventura demasiado dinheiro, em Portugal, sobretudo em comparação com o negócio da indústria. O que é chocante para o sentido de justiça de muita gente, a quem por vezes apetecerá que se apertem os calos à devorista banca. É o meu caso.
Mas as coisas são como são, e mandará a sabedoria e a cautela que o afrontamento dos seus privilégios, truques e caprichos se faça com estudada e eficaz serenidade , com estudo ponderado das estratégias e das formas de combate, muito mais do que através de trombetas anunciando uma cruzada.
Esta última forma pode dar maus resultados, por razões que me parecem óbvias.

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