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sábado, novembro 04, 2006

CHEGAR-SE À FRENTE

Através do prezado colega Amicus Ficaria tomei conhecimento de uma entrevista “concedida” por Carlos Beja ao semanário local “O Figueirense” .
Li-a com desvelada atenção. Destaco alguns excertos que me parecem particularmente curiosos e sintomáticos.

No primeiro, responde a uma pergunta directa do entrevistador.

Esta disponível para encabeçar, caso lhe seja solicitado, uma candidatura à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz?
Este não é o momento de me pronunciar sobre esta matéria. Mas sempre adianto que face aos projectos em que estou envolvido e aos que penso envolver-me, não estão, neste momento, criadas condições que permitam disponibilizar-me para um eventual convite do meu Partido para uma candidatura à Câmara Municipal da Figueira da Foz.

O subtil detalhe do “neste momento”, deixa então tudo em aberto.

Tanto mais que, anteriormente, na mesma entrevista, apreciava assim o desempenho dos actuais vereadores do PS na Câmara Municipal :.

Os vereadores da oposição socialista na Câmara Municipal da Figueira da Foz têm realizado um meritório trabalho. Não é fácil ser oposição num executivo municipal, e eu sei-o por experiência própria.

Sublinhe-se agora a subtileza e o tom contido da qualificação de " meritório trabalho” .

E que contrasta com a forma entusiasmada como, por sua vez, aprecia o desempenho político da Comissão Politica Concelhia (CPC) do PS :

A renovada CPC, com a liderança de António João Paredes, é uma saudável lufada de ar fresco na política figueirense.
O PS tem hoje nos mais diversos órgãos da política partidária local e nas diferentes sensibilidades internas, um vasto conjunto de cidadãos politicamente maduros, competentes e determinados a fazer crescer a política e eleitoralmente o Partido Socialista.

Poderá chamar-se a isto, sem papas na língua, “ chegar-se à frente” .
Porventura com excessiva antecedência, logo se verá.
Ou talvez não seja o caso. Talvez seja mais apropriado dizer-se que “chamaram-no à frente”.
Quem? A resposta fica deixada à imaginação do leitor.
Talvez, sei lá, o próprio jornal que publicou a entrevista...

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