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sábado, outubro 28, 2006

PAÍS POBRE E PAÍS RICO

Reina grande indignação na opinião pública e em alguns meios e organizações ambientalistas britânicos.
A fachada do Palácio de Buckingham, no centro de Londres, residência oficial da Rainha de Inglaterra, ponto obrigatório de passagem para milhões de turistas, vai passar a ser iluminada todas as noites.
O que até agora não acontecia, note-se, abrindo a boca de espanto...
Mas mesmo assim, será iluminada só desde o pôr do sol até às 23:00 horas.

Passa-se isto em Inglaterra, um país pobre, culturalmente atrasado, onde as pessoas só pensam em dinheiro, mais parecendo ter um cifrão em cada olho.

Em Portugal, país rico e próspero, com uma viva cultura milenária, os indígenas e sobretudo os seus governantes não têm este tipo de preocupações "economicistas".

Muito menos na Figueira da Foz, cujo Município, pagante da iluminação pública, está a nadar em dinheiro, não tem quaisquer dívidas, e paga sempre a tempo e horas aos seus credores.
Por isso, vai para 7 ou 8 anos, o areal da praia da claridade, decerto para fazer juz ao nome, é feéricamente iluminado de noite através de 8 grandes torres com potentes projectores, assim como aqueles que há nos muitos faraónicos estádios de futebol recentemente construidos por esse País fora.
Toda a noite, do pôr ao nascer do sol do dia seguinte. Ao longo de todo o ano, faça bom tempo, esteja nevoeiro, sopre um frio vento marítimo, ou chova a cântaros.
(Segundo me parece, ultimamente serão apenas 4 as torres de holofotes acessos).

Justifica-se. O imenso areal da Figueira da Foz é como se fosse um monumento nacional, candidato a património cultural da humanidade. À noite, especialmentede inverno, é visitado e admirado por incontáveis turistas, sobretudo japoneses.

Os cofres municipais pagam os custos da energia eléctrica, pois claro.
Com bastante atraso, mas pagam.
Até porque se não pagarem, a EDP corta o interruptor.

Depois, aqui d’el-Rei que não há dinheiro, que o proposto tarifário da electricidade não é comportável, que o Governo está a tentar asfixiar as autarquias, ao colocar restrições às transferências de mais cacau, proibindo o aumento do endividamento, e não deixando que os autarcas, pessoas boas, santas e generosas, possam satisfazer as legítimas aspirações das “suas” “populações” , cumprindo as "suas", deles, promessas eleitorais.

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