domingo, outubro 22, 2006
COMPARAR LARANJAS COM BANANAS
Eu gosto de rankings, de comparações, de benchmarking, de racios, de índices, de competição pela melhoria.
Acho até que em Portugal há falta de tudo aquilo, um pouco fruto do pavor do risco, e da competição, que levam a uma cultura da mediocridade.
Mas existe por vezes o perigo de, por ignorancia, incompetência ou má fé, se começar a comparar laranjas com bananas, e logo a partir daí tirar conclusões.
É nessa altura que é necessário usar o bom senso e a inteligência.
Não posso deixar de considerar o chamado “ranking” das escolas portuguesas, assim com esta designação apresentado pelo Expresso e pela SIC , como não fazendo o menor sentido , sendo uma verdadeira parolice .
Desde logo, trata-se, tão somente de uma listagem das escolas portuguesas obtida a partir do conjunto numérico das notas obtidas pelos respectivos alunos, nos exames do 11º e do 12º ano.
Tal facto e tal contexto deveriam ser clara e enfaticamente assinalados por aqueles distintos orgãos de comunicação social.
Assim apreciadas as coisas, as escolas privadas de Lisboa e do Porto tiveram o melhor desempenho.
Olha a grande novidade! Era o que faltava que não tivessem...
Um autêntico ranking, para fazer sentido, e para ter uma real utilidade como instrumento de motivação para a melhoria ( como devera de facto existir), e não ser um mero exercício académico de uns estagiários em jornalismo ou em sociologia, poderia e deveria ser feito, por exemplo, a partir de um racio calculado para cada escola da forma seguinte.
Em cada escola, somavam-se todas as notas obtidas por todos os seus alunos nos exames do 11ª e do 12ºano. Obtinha-se um valor N .
Depois, e para cada escola, era calculada a soma de todos os rendimentos anuais das respectivas famílias dos alunos. Obtinha-se o valor R .
Um primeiro Índice de Desempenho Pedagógico (IDP) , ainda sem entrar em consideração com outros factores quantificáveis, como por exemplo o nível de estabilidade do corpo docente, seria calculado da forma seguinte:
IDP = N / R
Veríamos então se o ISP do tal Colégio particular da cidade do Porto seria ou não superior ao ISP da distante escola secundária de Vilar Formoso, lá escondida no Portugal profundo...
Eu gosto de rankings, de comparações, de benchmarking, de racios, de índices, de competição pela melhoria.
Acho até que em Portugal há falta de tudo aquilo, um pouco fruto do pavor do risco, e da competição, que levam a uma cultura da mediocridade.
Mas existe por vezes o perigo de, por ignorancia, incompetência ou má fé, se começar a comparar laranjas com bananas, e logo a partir daí tirar conclusões.
É nessa altura que é necessário usar o bom senso e a inteligência.
Não posso deixar de considerar o chamado “ranking” das escolas portuguesas, assim com esta designação apresentado pelo Expresso e pela SIC , como não fazendo o menor sentido , sendo uma verdadeira parolice .
Desde logo, trata-se, tão somente de uma listagem das escolas portuguesas obtida a partir do conjunto numérico das notas obtidas pelos respectivos alunos, nos exames do 11º e do 12º ano.
Tal facto e tal contexto deveriam ser clara e enfaticamente assinalados por aqueles distintos orgãos de comunicação social.
Assim apreciadas as coisas, as escolas privadas de Lisboa e do Porto tiveram o melhor desempenho.
Olha a grande novidade! Era o que faltava que não tivessem...
Um autêntico ranking, para fazer sentido, e para ter uma real utilidade como instrumento de motivação para a melhoria ( como devera de facto existir), e não ser um mero exercício académico de uns estagiários em jornalismo ou em sociologia, poderia e deveria ser feito, por exemplo, a partir de um racio calculado para cada escola da forma seguinte.
Em cada escola, somavam-se todas as notas obtidas por todos os seus alunos nos exames do 11ª e do 12ºano. Obtinha-se um valor N .
Depois, e para cada escola, era calculada a soma de todos os rendimentos anuais das respectivas famílias dos alunos. Obtinha-se o valor R .
Um primeiro Índice de Desempenho Pedagógico (IDP) , ainda sem entrar em consideração com outros factores quantificáveis, como por exemplo o nível de estabilidade do corpo docente, seria calculado da forma seguinte:
IDP = N / R
Veríamos então se o ISP do tal Colégio particular da cidade do Porto seria ou não superior ao ISP da distante escola secundária de Vilar Formoso, lá escondida no Portugal profundo...