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sábado, fevereiro 11, 2006

INTERROGAÇÕES E PERPLEXIDADES
...A PROPÓSITO DO FANATISMO ISLÂMICO


1.
Tanto quanto sei, existe um interdito religioso muçulmano sobre a representação da figura de Maomé.
Não será de espantar que um dia destes um cineasta europeu se proponha realizar um filme sobre a vida ou um episódio da vida de Maomé. Onde obviamente apareça a sua imagem, interpretada por um actor. Um cuidadoso casting talvez revelasse que Freitas do Amaral seria uma boa escolha.
Possivelmente, os muçulmanos fanáticos irão protestar, fazer manifestações, queimar bandeiras do país do autor do filme, do actor que faz de Maomé, ou dos países onde o filme seja exibido.
Que farão os governos europeus? Designadamente o português, vai-se acagaçar, borrar de medo, colocar-se de cócoras e pedir desculpas?
Pela voz melíflua e jesuítica do seu prudente, cauteloso, diplomata e reverente ministro Freitas do Amaral vai aconselhar ou determinar que o filme seja retirado de exibição em Portugal?

2.
Segundo noticia o EXPRESSO de hoje, o presidente de uma chamada Essalam (Associação dos Emigrantes Magrebinos de Amizade Luso-Árabe) terá declarado:

“Podemos boicotar produtos dinamarqueses, mas não vamos agredir ninguém”

Indo na onda de fanatismo e intolerância verificada em parte do mundo islâmico, um muçulmano acolhido e radicado em Portugal está certamente no seu direito de boicotar produtos dinamarqueses ou portugueses. Ou mesmo de comandar uma campanha para um tal boicote. Claro que está.
Convirá recordar que as caricaturas de Maomé também foram publicadas na imprensa portuguesa.
E um qualquer cidadão português, estará igualmente no direito de não alugar casa ou de não servir um almoço a um muçulmano, em particular se ele for um dos tais que, neste contexto, boicota ou anuncia o boicote aos produtos dinamarqueses?

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