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terça-feira, fevereiro 07, 2006

HÁ DOIS ANOS ERA ASSIM...

O Diário As Beiras costuma publicar, na página dedicada à Figueira da Foz, um pequeno cantinho com o título “ Há dois anos foi assim...”.
É por vezes muito útil dar-lhe uma leitura, a fim de reavivar a memória, que algumas pessoas têm frequentemente muito curta.
No passado sábado, o lembrete era o seguinte :

“O presidente da Câmara anunciou querer que o Centro de Artes e Espectáculos (CAE) faça mais por menos dinheiro.
A poção mágica para o conseguir poderá ter ingredientes aduzidos por privados.
Duarte Silva encontrava-se a equacionar novos métodos de gestão, que poderiam passar por uma parceria público-privada, ou mesmo por vir a ser gerido por privados “

De facto, no mesmo diário do dia 5 de Fevereiro de 2004, sob o título a 3 colunas “Gestão do CAE pode passar para privados” , escrevia-se por exemplo:

Afinal, o CAE (ainda) não se transformou no elefante branco que muitos vaticinaram,
(...)
Em 2003 e 2004, lembre-se, a Câmara transferiu para o CAE cerca de quatro milhões de euros, sendo que para a programação deste ano estão reservados cerca de um milhão e 600 mil euros. No ano passado, as receitas atingiram perto de 40 por cento do montante destinado à programação.
(...)
o edil figueirense parece estar mais inclinado para uma gestão mista, que inclua Câmara e privados. Ou, como alternativa, celebrar protocolos com outros equipamentos congéneres, com mais experiência de gestão e de programação naquele tipo de estrutura.
Mas, antes de tomar uma decisão definitiva, Duarte Silva não vai decerto dispensar a opinião da recentemente constituída “ Associação Os Amigos do CAE” .

Passaram dois anos. Que mudou, entretanto? Parece ter mudado muito pouco, quase nada.
A gestão do CAE foi transferido para o âmbito da Figueira Grande Turismo, outro poço sem fundo a comer recursos financeiros.
Os gastos do CAE , insustentáveis para as debilitadas finanças municipais, ficam assim diluídos e não se notarão tanto.

Assinale-se a sensata cautela do jornalista a escrever aquele “ainda” entre parêntesis . Volvidos dois anos, justificar-se-á o cauteloso advérbio ?
E qual tem sido o contributo para que o CAE “faça mais por menos dinheiro” , dado por aquela badalada e inventiva “ Associação Os Amigos do CAE”, presidida por Santana Lopes ( também patrono do CAE...) e integrando ilustres vultos e personalidades da vida social e política?...

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