terça-feira, fevereiro 07, 2006
DE CÓCORAS PERANTE A CHANTAGEM ?
Ainda a propósito da lamentável e vergonhosa declaração hoje feita pelo ministro Freitas do Amaral ( teria sido feita em total consonância com a opinião e vontade do Governo e do Primeiro Ministro?...), e para melhor se perceber do que realmente se trata, vale a pena ler o editorial do Publico de hoje, bem como os artigos de opinião nele assinados por Teresa de Sousa ( “ Para acabar com o politicamente correcto”) e por José Vítor Malheiros ( “ Maomé e Voltaire”).
Transcrevo do editorial o seguinte trecho:
“ (...) o apaziguamento de fanáticos nunca resultou, antes lhes deu espaço e criou a ilusão de que a força e a razão estava do seu lado. Sabemos quantas tragédias começaram assim”.
E do artigo de Teresa de Sousa:
“ (...) A tolerância religiosa pode significar tudo menos a cedência à chantagem totalitária. Cedendo ao fanatismo radical e à chantagem de alguns governos árabes e islâmicos, a Europa está a prestar o pior serviço possível àqueles que nesses países acreditam na possibilidade de conciliar o islão com a democracia e os direitos da pessoa humana”
E do artigo de José Vítor Malheiros :
(...)
Os líderes europeus que tentam comprar a pacificação árabe condenando a publicação dos cartoons prestam o pior serviço possível à democracia.
O que se espera deles é que afirmem o direito que os cartoons têm a ser publicados, que expliquem como esse direito é fundamental para todas as liberdades ( incluindo a religiosa) e que mostrem como a expressão de uma opinião é independente da acção do Estado e mesmo do sentimento de uma comunidade”
Ainda a propósito da lamentável e vergonhosa declaração hoje feita pelo ministro Freitas do Amaral ( teria sido feita em total consonância com a opinião e vontade do Governo e do Primeiro Ministro?...), e para melhor se perceber do que realmente se trata, vale a pena ler o editorial do Publico de hoje, bem como os artigos de opinião nele assinados por Teresa de Sousa ( “ Para acabar com o politicamente correcto”) e por José Vítor Malheiros ( “ Maomé e Voltaire”).
Transcrevo do editorial o seguinte trecho:
“ (...) o apaziguamento de fanáticos nunca resultou, antes lhes deu espaço e criou a ilusão de que a força e a razão estava do seu lado. Sabemos quantas tragédias começaram assim”.
E do artigo de Teresa de Sousa:
“ (...) A tolerância religiosa pode significar tudo menos a cedência à chantagem totalitária. Cedendo ao fanatismo radical e à chantagem de alguns governos árabes e islâmicos, a Europa está a prestar o pior serviço possível àqueles que nesses países acreditam na possibilidade de conciliar o islão com a democracia e os direitos da pessoa humana”
E do artigo de José Vítor Malheiros :
(...)
Os líderes europeus que tentam comprar a pacificação árabe condenando a publicação dos cartoons prestam o pior serviço possível à democracia.
O que se espera deles é que afirmem o direito que os cartoons têm a ser publicados, que expliquem como esse direito é fundamental para todas as liberdades ( incluindo a religiosa) e que mostrem como a expressão de uma opinião é independente da acção do Estado e mesmo do sentimento de uma comunidade”