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segunda-feira, janeiro 23, 2006

REFLEXÕES DO DIA SEGUINTE (3)

Ainda da análise Director do PUBLICO, na edição de hoje:

“(...) não percebeu a tempo que este já não era o seu tempo e não quis ouvir os que o avisaram disse. Mostrou ser um grande combatente - e com isso paradoxalmente também mostrou como o país desejava algo difrente.
Honra-se o lutador, mas acrescenta-se que também foi triste assistir a alguns episódios que protagonizou. Ao querer ser “o político”, não percebeu que já lhe faltava o instinto, o timing e, pasme-se, a empatia. “

texto que importará cruzar com uma análise feita por Pacheco Pereira antes do acto eleitoral, que o Quinto Poder reproduziu há dias e que pode ser lido aqui :

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS COM CHURCHILL
Estou inteiramente de acordo com o teor do último parágrafo do artigo de opinião de Pacheco Pereira do PUBLICO de ontem, que a seguir transcrevo :
Soares vai sair mal destas eleições. Mais do que uma dúvida, parece-me uma quase certeza.
Soares está a fazer tudo para sair muito mal de uma eventual derrota eleitoral. Está a conduzir uma campanha agressiva, ressabiada, sem dimensão de qualquer tipo, nem de Estado, nem política, nem pessoal.
Se perder, será uma derrota entendida como humilhante, que ensombrará o fim da sua carreira política.
Mas, a prazo, talvez a derrota que parecerá humilhante agora, possa vir a dar uma dimensão trágica á sua vida política.
Como Churchill, Soares concorreu à eleição fatal que o fará passar à história com uma imagem de perda e não de glória.
No entanto, como Churchill, a prazo, é o seu perfil de político compulsivo, de “animal político” que ganhará uma luz mais humana, mais apaziguada e compreensiva.
Os seus muitos defeitos, o muito de negativo que indubitavelmente mostra nesta campanha será episódico, face à imagem que entrará na história, onde ele tem um lugar garantido.
Porque esta campanha eleitoral é o fim da carreira política de Mário Soares com uma dimensão de inevitabilidade que nenhum sonoro ( e falso) “basta” teria capacidade para dar.

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