segunda-feira, dezembro 19, 2005
MEMÓRIAS SOLTAS (3)
O semanário figueirense “Mar Alto” , sob o título “ Viva o 31 de Janeiro!”, publicava no dia 7 de Fevereiro de 1985 a seguinte notícia:
Subscrita pelos democratas (......) recebemos a seguinte nota com o pedido de publicação :
A revolta do Porto de 31 de Janeiro de 1891 – tentativa de implantação da República para além do seu significado democrático e patriótico constitui, desde há muito, uma data celebrada pelos democratas como símbolo vivo da luta popular pela liberdade, progresso e pela Independência Nacional.
A actual situação que o País atravessa é motivo de grande inquietação.
Com efeito, a constante degradação das condições de vida da população, a escandalosa situação dos que trabalham e não recebem os salários, a permanente deterioração da situação económica e financeira do País, o agravamento do endividamento externo que põe em causa a independência nacional, as ameaças às liberdades e à democracia de que a proposta governamental da Lei de Segurança Interna é expoente, assim como a política geral do actual governo, suscitam fundamentadas e profundas preocupações dos democratas.
Por isso, comemorar hoje o 31 de Janeiro, para além de homenagear os seus heróis é, também momento de reflexão e acção comum dos democratas na denúncia da actual política e na exigência de medidas que conduzam a uma nova solução governativa, que promova a felicidade e o bem estar do Povo Português, que assegure a liberdade, a democracia e o progresso no Portugal de Abril.
Os democratas que estavam inquietos e muito preocupados, e assinavam esta nota, eram : Luís Melo Biscaia, Joaquim Namorado, Luís Pena, Carlos Alberto Maia de Carvalho, Isabel Pereira, Cerqueira da Rocha, Luís Ribeiro, António Menano, Carlos Manuel dos Santos Neto, João Manuel Bento Pinto, Nélson Fernandes, Pastor João Neto e Marcos Viana.
Mas o que isto tem de mais curioso é que, em Fevereiro de 1985, estava no poder o IX Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares...imagine-se!.. .
O qual , no entender dos democratas subscritores, colocava em causa a independência nacional e ameaçava as liberdades e a democracia...
O X Governo Constitucional, chefiado por Cavaco Silva, haveria de sair das eleições realizadas em 6 de Outubro desse mesmo ano de 1985.
E entretanto, até hoje, passaram 20 anos de liberdade e de alternância democrática.
O semanário figueirense “Mar Alto” , sob o título “ Viva o 31 de Janeiro!”, publicava no dia 7 de Fevereiro de 1985 a seguinte notícia:
Subscrita pelos democratas (......) recebemos a seguinte nota com o pedido de publicação :
A revolta do Porto de 31 de Janeiro de 1891 – tentativa de implantação da República para além do seu significado democrático e patriótico constitui, desde há muito, uma data celebrada pelos democratas como símbolo vivo da luta popular pela liberdade, progresso e pela Independência Nacional.
A actual situação que o País atravessa é motivo de grande inquietação.
Com efeito, a constante degradação das condições de vida da população, a escandalosa situação dos que trabalham e não recebem os salários, a permanente deterioração da situação económica e financeira do País, o agravamento do endividamento externo que põe em causa a independência nacional, as ameaças às liberdades e à democracia de que a proposta governamental da Lei de Segurança Interna é expoente, assim como a política geral do actual governo, suscitam fundamentadas e profundas preocupações dos democratas.
Por isso, comemorar hoje o 31 de Janeiro, para além de homenagear os seus heróis é, também momento de reflexão e acção comum dos democratas na denúncia da actual política e na exigência de medidas que conduzam a uma nova solução governativa, que promova a felicidade e o bem estar do Povo Português, que assegure a liberdade, a democracia e o progresso no Portugal de Abril.
Os democratas que estavam inquietos e muito preocupados, e assinavam esta nota, eram : Luís Melo Biscaia, Joaquim Namorado, Luís Pena, Carlos Alberto Maia de Carvalho, Isabel Pereira, Cerqueira da Rocha, Luís Ribeiro, António Menano, Carlos Manuel dos Santos Neto, João Manuel Bento Pinto, Nélson Fernandes, Pastor João Neto e Marcos Viana.
Mas o que isto tem de mais curioso é que, em Fevereiro de 1985, estava no poder o IX Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares...imagine-se!.. .
O qual , no entender dos democratas subscritores, colocava em causa a independência nacional e ameaçava as liberdades e a democracia...
O X Governo Constitucional, chefiado por Cavaco Silva, haveria de sair das eleições realizadas em 6 de Outubro desse mesmo ano de 1985.
E entretanto, até hoje, passaram 20 anos de liberdade e de alternância democrática.