quinta-feira, dezembro 15, 2005
MEMORIAS SOLTAS (3)
Estudar e conhecer História sempre ajuda muito a compreender o presente e a intuir um pouco sobre o futuro.
Por isso eu acho que o texto seguinte deve merecer alguma reflexão.
Trata-se de uma transcrição, não retirada do contexto, de uma crónica de Vicente Jorge Silva, escrita a propósito da demissão de Vítor Constâncio de Secretário-Geral do PS, publicada no EXPRESSO de 12 de Novembro de 1988 . Já lá vão 17 anos!...Nessa altura, alguns dos actuais trintões da nossa paróquia ainda andariam somente interessados nas vitórias do Sporting ou do Benfica no campeonato nacional da 1ª Divisão...
Por isso eu acho que o texto seguinte deve merecer alguma reflexão.
Trata-se de uma transcrição, não retirada do contexto, de uma crónica de Vicente Jorge Silva, escrita a propósito da demissão de Vítor Constâncio de Secretário-Geral do PS, publicada no EXPRESSO de 12 de Novembro de 1988 . Já lá vão 17 anos!...Nessa altura, alguns dos actuais trintões da nossa paróquia ainda andariam somente interessados nas vitórias do Sporting ou do Benfica no campeonato nacional da 1ª Divisão...
Segundo o líder demissionário revelou no passado domingo, bastou uma semana, após a sua eleição como secretário geral, para perder as ilusões sobre a possibilidade de um relacionamento positivo com o seu antecessor e actual Presidente da República.
Apesar das suas demonstrações de bom comportamento e fidelidade a Mário Soares, este retribuiu-lhe com uma campanha sistemática contra a sua direcção.
Que fez Constâncio ? Continuou a guardar de Conrado o prudente silêncio, a oferecer cristãmente a outra face.
Apenas decorridos dois anos, tirou as conclusões definitivas desse prolongado masoquismo.
Demitiu-se e avisou “ rectrospectivamente” o partido de que “tem de encarar o problema e decidir de forma claramente assumida e, portanto, politicamente eficaz, se quer para secretário-geral um líder próprio ou uma espécie de assessor de Belém ".
Apesar das suas demonstrações de bom comportamento e fidelidade a Mário Soares, este retribuiu-lhe com uma campanha sistemática contra a sua direcção.
Que fez Constâncio ? Continuou a guardar de Conrado o prudente silêncio, a oferecer cristãmente a outra face.
Apenas decorridos dois anos, tirou as conclusões definitivas desse prolongado masoquismo.
Demitiu-se e avisou “ rectrospectivamente” o partido de que “tem de encarar o problema e decidir de forma claramente assumida e, portanto, politicamente eficaz, se quer para secretário-geral um líder próprio ou uma espécie de assessor de Belém ".
De notar que este último trecho entre aspas é citação directa do que foi dito por Vítor Constâncio.
Concluindo : se Mário Soares ganhar a eleição e for Presidente, José Sócrates que se cuide.
Ou, como diz a sabedoria popular ; " quem má cama faz nela se há-de deitar" .
PS (Post scriptum...) : O teor deste postal "encaixa" bem no deste outro do colega Amicus Ficaria" .