segunda-feira, dezembro 12, 2005
AS FINANÇAS DA CÂMARA DA FIGUEIRA
É sem surpresa que leio isto no Diário As Beiras de hoje:
“ A propósito de finanças, numa reunião recente com os presidentes de junta, vereadores e mesa da Assembleia Municipal , que Duarte Silva revelou que a situação financeira que herdou do (seu) anterior mandato é mais delicada do que aquela que encontrou quando sucedeu a Santana Lopes”
Quase estava escrito nos astros que cedo ou tarde tal viria a acontecer .
Quando se insiste em gastar e gastar no acessório um recurso escasso como o dinheiro, algum dia este irá faltar para o essencial.
Torna-se agora assumido aquilo que de há muito era óbvio para quem tivesse um mínimo de bom senso, de sentido de responsabilidade, e de ciência para fazer umas contas muito simples com as quatro operações da aritmética.
A situação de quase pre-ruptura financeira em que de novo se encontra o Município da Figueira ( isto depois de nas suas finanças se terem “injectado” 20 milhões de euros em 2002, provenientes de empréstimos bancários!....) dever-se-à, em larga medida, e como o Quinto Poder tem frequentemente comentado, à prática irresponsável de no orçamento anual se sobrestimarem, em grande escala, as receitas previsivelmente a cobrar.
Consequentemente, do lado das despesas, as rubricas ficam dotadas com folga.
Mas com folga totalmente artificial e perigosamente enganosa.
É sem surpresa que leio isto no Diário As Beiras de hoje:
“ A propósito de finanças, numa reunião recente com os presidentes de junta, vereadores e mesa da Assembleia Municipal , que Duarte Silva revelou que a situação financeira que herdou do (seu) anterior mandato é mais delicada do que aquela que encontrou quando sucedeu a Santana Lopes”
Quase estava escrito nos astros que cedo ou tarde tal viria a acontecer .
Quando se insiste em gastar e gastar no acessório um recurso escasso como o dinheiro, algum dia este irá faltar para o essencial.
Torna-se agora assumido aquilo que de há muito era óbvio para quem tivesse um mínimo de bom senso, de sentido de responsabilidade, e de ciência para fazer umas contas muito simples com as quatro operações da aritmética.
A situação de quase pre-ruptura financeira em que de novo se encontra o Município da Figueira ( isto depois de nas suas finanças se terem “injectado” 20 milhões de euros em 2002, provenientes de empréstimos bancários!....) dever-se-à, em larga medida, e como o Quinto Poder tem frequentemente comentado, à prática irresponsável de no orçamento anual se sobrestimarem, em grande escala, as receitas previsivelmente a cobrar.
Consequentemente, do lado das despesas, as rubricas ficam dotadas com folga.
Mas com folga totalmente artificial e perigosamente enganosa.
Claro que assim, a chamada “regra de ouro” da obrigatoriedade de prévia cabimentação da despesa não serve para nada, não serve de instrumento de contenção e de disciplina na assunção de novos compromissos financeiros.
Perante a hipótese de um deles ser assumido, vai a ver-se o que está disponível na rubrica sobre dotada e, claro está, há sempre cabimento.
Só que as receitas sobrestimadas não entraram de facto nos cofres municipais; e a Tesouraria não consegue responder, por falta de disponibilidades, em tempo próprio.
A solução é não pagar aos fornecedores.
O Município fica caloteiro? Depois "logo se vê"...
E de "logo se vê" a "logo se vê" se vai indo . Até que um dia se tem de ver mesmo...