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quinta-feira, outubro 27, 2005

OMNIPRESENÇA E OMNISCIÊNCIA DE UM SUPER POLÍTICO

Quando ontem me disseram , não quis acreditar e por isso evitei comentar de imediato.
A Pereira Coelho, Vereador eleito da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e simultaneamente deputado, foram atribuídos os pelouros da gestão financeira e da gestão dos recursos humanos, além de outros.

Não consigo, de todo, vislumbrar como é que poderá conciliar aquelas duas qualidades. Possivelmente exercendo as duas de forma deficiente.
Desde logo porque não dispõe do dom da omnipresença.

No plano jurídico-legal, e à precisa luz da letra da Lei, pode ser que não exista incompatibilidade. É questão a ser apreciada e dirimida em sede própria. Mas se não existe, deveria obviamente existir.

Todavia, o que realmente importa é situar a análise no plano político ( afinal o trabalho de um deputado parece não ser assim muito absorvente!...) e sobretudo no plano operacional.
E nestes, para um simples cidadão com elementar bom senso, existe porém óbvio conflito entre os dois exercícios.
Se há pelouros que requerem disponibilidade, presença assídua e próxima nos Paços do Município, são precisamente aqueles dois. Não são áreas cuja gestão se possa fazer com eficácia por telemóvel, a correr permanentemente da Figueira para Lisboa e de Lisboa para a Figueira, ou através de obedientes e fieis assessores mandados. (Nota 1)

No caso em apreço, com o devido respeito, e em minha modesta opinião, não se trata somente de falta de tempo. Trata-se também de falta de vocação, de falta de competência e de falta de autoridade. (Nota 2)

Duas notas complementares :
(Nota 1) – Será oportuno esclarecer se Pereira Coelho vai tornar a dispor de viatura municipal e motorista próprio, pessoalmente atribuídos, a fim de se poder deslocar acima-abaixo e abaixo-acima, por forma a tentar arranjar alguma forma de compatibilização operacional para o exercício das suas duplas funções, na Câmara Municipal da Figueira da Foz e na Assembleia da República.
(Nota 2) – Convirá recordar, por exemplo, que foi quando Pereira Coelho exerceu a Presidência da CCDR do Centro que esta promoveu a desastrada e totalmente falhada campanha publicitária visando a criação de uma marca chamada Lusitanea ( já ninguém se lembrará?...) na qual foram autenticamente espatifados cerca de 5 milhões de Euros ( 1 milhão de contos!....).

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