terça-feira, outubro 04, 2005
ALGUEM DÁ MAIS?...
Na campanha eleitoral em curso, a maioria dos actuais Presidentes de Câmaras e/ou candidatos com hipóteses de chegar a tal, prosseguem a sua hasta pública de promessas de bacalhau a pataco, da lua, do sol, deste mundo e do outro.
Será possível encontrar algumas, poucas, honrosas excepções, mas nenhuma delas, infelizmente na Figueira da Foz.
Na campanha eleitoral em curso, a maioria dos actuais Presidentes de Câmaras e/ou candidatos com hipóteses de chegar a tal, prosseguem a sua hasta pública de promessas de bacalhau a pataco, da lua, do sol, deste mundo e do outro.
Será possível encontrar algumas, poucas, honrosas excepções, mas nenhuma delas, infelizmente na Figueira da Foz.
Com o país meio ardido, com dias de canícula e de fogos florestais em pleno mês de Outubro, com os campos agrícolas secos e castanhos, com a seca persistente de que se não vislumbra o fim, com o Estado quase falido e a ser obrigado, em 2006, a reduzir o seu défice de 6,8% do PIB para 4,8 % do PIB, com os municípios gravemente endividados, com os seus fornecedores económica e financeiramente estrangulados pelas dívidas, o actual Presidente da Câmara da Figueira da Foz e candidato do PSD, e o candidato do PS, parecem não se darem conta da dimensão das dificuldades que vamos ter de enfrentar pelo menos nos próximos dois anos.
Não vão poder cumprir nem a décima parte daquilo que agora andam por aí a prometer. Não sei se o sabem. Deviam sabê-lo e, nesse caso, falar verdade ao eleitorado.
E assim será, pela singela, óbvia e irritante razão de que não haver dinheiro para tamanhas delirantes fantasias. Não vai haver, e ponto.
O pouco que houver vai ter de ser aplicado muito selectiva e criteriosamente, segundo uma exigente ordem de prioridades, para os fins que apresentarem, comprovadamente, verdadeiro retorno, social ou financeiro.
Irá? Assim seja, mas valha a verdade que também não estou muito certo disso.
O que vale, é que a maioria dos eleitores bem o sabem, por isso não levam minimamente a sério aquelas promessas. Uns sorrirão, outros encolherão os ombros, outros talvez lancem um murmúrio de incontida impaciência.
Para outros, como eu, apetece simplesmente dar uma gargalhada.