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sexta-feira, agosto 19, 2005

AS CANDIDATURAS AOS ORGÃOS MUNICIPAIS - COMENTÁRIOS (3)

É sempre bom e desejável que, na vida política, a nível local ou nacional, haja renovação de ideias, de métodos e sobretudo de gente.
Mas, como diz a sabedoria popular, nem oito nem oitenta.
Nesse aspecto, a lista do PS para a Câmara Municipal da Figueira da Foz, para o conjunto de candidatos efectivos e suplentes, é manifestamente o oitenta.
Sem que de tal arrasante renovação eu me aperceba ter resultado qualquer esperança de que a gestão municipal vá levar a renovação e a volta que precisa de levar
Sobre a sua composição nominal, não desejo, nem sinto que deva, acrescentar muito mais.
Em tempo oportuno explicarei o meu voto; ou melhor, os meus votos para os órgãos autárquicos, já que se trata de eleger três.
Mas desde já poderei adiantar que, tal como já fiz nas eleições legislativas de Fevereiro último, e não gostando de me abster (a não ser em circunstâncias excepcionais), o meu voto para a Câmara Municipal será orientado no sentido dar o meu contributo para que seja atingido o mal menor.
Transcrevo parte de um post publicado em 18 de Fevereiro último:
(…)
Como já aqui escrevi uma vez, vota-se muitas vezes por exclusão de partes.
Na política, em geral, as escolhas podem fazer-se com frequência entre o mau e o muito mau.Raramente entre o mau e o bom, e quase nunca entre o mau e o óptimo.
O meu voto decidiu-se por isso entre uma certeza, e uma relativa incerteza.

Continuando a não estar obrigado a qualquer reserva ou contenção, que sempre resulta de um vínculo partidário (de que estou afastado há já muitos anos), posso comentar, livremente também, o desempenho político do PS local, pelo menos, e para já, até ao momento dele apresentar a sua proposta de candidatos ao órgão executivo municipal.
E a este propósito, desejo recordar o post do Quinto Poder de 6 de Abril passado.
Sublinho que, nessa altura, ainda não conhecia quem era o candidato escolhido para encabeçar a lista do PS…, nem muito menos a composição da lmesma.
Mas o que escrevi, mantenho-o, sem quase mudar uma vírgula.

Quarta-feira, Abril 06, 2005
A ESCOLHA DE UM CANDIDATO
Tenho seguido com algum desgosto, e até náusea, a saga e as peripécias da escolha do candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Sou porventura demasiado velho para ficar surpreendido com as guerrilhas desgastantes que, aparentemente, o dirigente distrital do PS, Vítor Batista, anda promovendo e liderando aqui pela Figueira.
A cenas semelhantes assisti já nos idos do início e do meio da década de oitenta, também nas sombras dos corredores e dos bastidores, designadamente por Aguiar de Carvalho e outras personalidades “correligionárias” a ele então muito ligadas.As quais, anos mais tarde, dele passaram a dizer o que nem Maomé se atrevia a dizer do toucinho.Alguns deles, como é bem conhecido, acabaram depois por lhe dar também umas misericordiosas facadas nas costas, ao que o atingido reagiu mudando para o meio campo do adversário, no que aliás haveria de ser recompensado.
Enfim… conhecidos jogos do poder e da “política”, ambos com p muito pequenino, que nos remete para a memória dos tempos dos doges de Veneza ou dos Borgias de Roma.
Conheço Luís Marinho desde há muitos anos.
De forma apagada, partilhei com ele algumas lutas por determinadas causas e princípios, nos tempos em que Vítor Constâncio e a sua liderança partidária personificavam uma forma de fazer política em ruptura com a prática do aparelho partidário que então girava em torno de Mário Soares, ao jeito do jacobinismo da 1ª República.
Luís Marinho tem experiência e sólida formação política.
Não é, no campo da esquerda democrática e moderna, nem um neófito nem um cristão-novo.
Não sei avaliar se é ou não um bom candidato, no sentido de poder assegurar um bom resultado eleitoral. Não ando ao par das sondagens que por aí se diz haver.
Estou todavia convicto de que tem potencial – competência, experiência, conduta ética, características de personalidade - para vir a ter , se for eleito, um bom desempenho como Presidente da Câmara da Figueira da Foz, para benefício da cidade e do Concelho.
De resto, este é o critério que deverá ser sempre o determinante em qualquer escolha de um candidato a um cargo de dirigente político, seja qual for e seja de que tipo for.
Mal vai a Política, com P grande, quando a escolha é feita apreciando sobretudo o “potencial vitorioso” dos candidatos.
No caso de assim se fazer, estaremos no domínio da política com p muito pequenino.
E se quiserem um candidato somente com esse “potencial para arrancar uma vitória”, têm muito por onde escolher: desde José Mourinho, a Bárbara Guimarães e até a José Castelo Branco …

Vamos ver então em que escala é que a grande sondagem do próximo dia 9 de Outubro se vai aproximar ou afastar das tais sondagens que determinaram o afastamento da hipótese de Luís Marinho ser candidato, e confirmar ou desmentir o tal "potencial vitorioso" da alternativa imposta.
O meu palpite, que já tenho mais ou menos consolidado, dá-lo-ei mais tarde.
Mais ou menos a par e a propósito da minha "declaração de voto".

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