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domingo, julho 17, 2005

O BRIC-A-BRAC DA EXPO FIGUEIRA 2005

Decidi-me ir ontem à noite a dar uma volta pela ExpoFigueira.
Ao aproximar-me, iam ficando mais audíveis as cantigas de Marco Paulo, enquanto o artista fazia umas tentativas pífias para puxar pelo público. Mais tarde verifiquei ser muito grande a audiência, vislumbrando ao longe um grande palco com muitos efeitos de luzes, fumos coloridos e uma figura branca saltitante, ao som de um ritmo batido: katchapum... katchapum... katchapum... katchapum...
Junto da porta , havia consideráveis filas nas bilheteiras. Um Euro custava uma entrada.
Muita gente, dentro e fora. Era grande a romaria, nada que não se veja nas festas populares da Senhora da Agonia ou do Senhor de Matosinhos.
Lá entrei. Por entre stands da Casa do Benfica ( por acaso não me recordo ter visto do Sporting...), de empresas e organismos municipais, de um grupo de artistas chamado Magenta, de uma estudantina, de todos os jornais locais e regionais ( que certamente já antes teriam tido publicidade paga do evento...), de muito comércio de mobiliário e de electrodomésticos, de uma venda de gomas e guloseimas, do club da bola local (agora na super liga!...), e até de uma federação, ou coisa parecida, das Assembleias de Deus, e muitas mais "actividades económicas " do género, dei em poucos minutos uma rápida volta ao recinto interior.
Sempre embalado pela música e pela voz romântica de Marco Paulo : “ Eu tenho dois amores...que nunca são iguais...”.
Num dos stands, lá estava exposta, com especial relevo, rodeada de magníficas fotos futuristas e de imaginosas estatísticas sobre o maná de progresso que a coisa irá ( ou iria) trazer para a paróquia, lá estava uma maquete do que se anuncia ir ser o faraónico hotel da Ponte do Galante. A maquete faz lembrar aquele moderno hotel no Dubai, que dizem ser o maior, o mais luxuoso e o mais caro do mundo.
De assinalar que, há mais de 20 anos, tambem impressionava muito a maquete da torre J.Pimenta , que fora exibida numa chamada feira de turismo na Baía...

Pelo meio, talvez um tanto embaraçados por se verem assim misturados naquele bric-a-brac e pot pourri de “actividades económicas”, lá estava uma meia dúzia de stands, um pouco mais elaborados, de empresas industriais, responsáveis, em esmagadora escala, pela verdadeira criação de riqueza no Concelho.

Balanço final : o grande pessimismo e cepticismo das minhas expectativas foi excedido.
Se acaso não vivesse na Figueira e não conhecesse a boa vitalidade e qualidade do seu ainda reduzido tecido empresarial, sobretudo industrial, ficaria, depois da visita à referida Expo, com uma impressão bastante má sobre o mesmo.

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