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quinta-feira, maio 19, 2005

O DEFICIT, MAIS UMA VEZ...

O Presidente da República proclamou um dia, aqui há já algum tempo, que havia vida para além do deficit. Haverá. Mas neste momento, quase não há. O esforço de contenção e redução dos dois deficits, o das contas públicas, e o da balança comercial, são de facto vitais . Essenciais à vida de Portugal enquanto Estado com independência viável, e como país membro de corpo inteiro da União Europeia e da Eurolândia.

Pacheco Pereira escreve hoje no PUBLICO.
Transcrevo dois pequenos excertos da sua habitual crónica semanal.
Encerram juizos e preocupações que subscrevo.

(...) Depois, de modo ainda mais grave, Barroso foi mais longe, ao entregar o Governo a um despesista contumaz, que só esperava a mais pequena oportunidade para proclamar o fim da austeridade e a “retoma” e fazer um orçamento ficcional para ganhar eleições.

(...)
Há duas razões para este disparo do deficit, mas o PS só quer falar de uma
(...)
A razão de que o PS quer falar é a que vem do orçamento fictício de Santana Lopes, que aliás o Presidente da República deixou passar para que os funcionários públicos fossem aumentados e para não se viver de duodécimos, o que talvez impedisse o disparo das contas.
A outra, aquela de que ninguém fala, é que são os socialistas que estão no poder e que todos os dias acrescentam, por acção e omissão, novo rol de despesas.
A estas somam-se outras mais bem perigosas que têm a ver com as expectativas para o consumo privado e para as empresas, positivas ou negativas, levando-se a gastar mais ou a ter medo de investir.

(...)
Pode sempre dizer-se que ainda não há orçamento rectificativo deste Governo e por isso tudo se passa devido às previsões irrealistas do anterior.
É verdade, mas não chega, porque muitas medidas de contenção, mesmo pontuais e de emergência, já podiam ter sido tomadas e o que acontece é o inverso, abundam as promessas e as medidas que implicam o aumento de despesa.

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