<$BlogRSDUrl$>

quarta-feira, maio 11, 2005

NEGÓCIOS ESTRANHOS

Nesta estranha história do empreendimento turístico em Benavente, do corte dos sobreiros, e do envolvimento neste negócio de duas personalidades políticas do CDS/PP, haverá pelos menos quatro aspectos a merecer enfoque, independentemente de ter havido ou não qualquer ilícito criminal.
Até prova em contrário, e à luz das boas práticas do direito, para já não pode concluir-se ter havido.

Vejamos esses quatro aspectos.
1.
O despacho declarando a utilidade pública do tal empreendimento turístico, a promover por uma entidade privada (isto é estranho, ou não?....), ligada ao grupo Espírito Santos, foi assinado 4 dias antes da tomada de posse do novo governo. Estava o anterior( de Santana Lopes) em gestão, e o resultado eleitoral era de há muito bem conhecido. Estranho, não?

2
O responsável pelas finanças do CDS/PP era um militante e dirigente ligado intimamente aos negócios imobiliários. Amigo de Paulo Portas e consequentemente chegado a Nobre Guedes, então Ministro do Ambiente. Estranho, não?

3
Santana Lopes deveria então andar muito distraído por alturas em que o despacho foi aprovado, envolvendo as assinaturas de 3 dos seus ministros. Segundo declarou, desconhecia esse despacho por completo, e como ele não tinha efectivamente a sua assinatura, diz não ter nada a ver com o mesmo .
Estranho, não?

4
Este caso já é suspeito desde 1990 ; e o abate dos sobreiros já fora anteriormente autorizado por despacho ministerial, o qual foi revogado no início do primeiro governo de António Guterres.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?