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quarta-feira, abril 06, 2005

A ESCOLHA DE UM CANDIDATO

Tenho seguido com algum desgosto, e até náusea, a saga e as peripécias da escolha do candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Sou porventura demasiado velho para ficar surpreendido com as guerrilhas desgastantes que, aparentemente, o dirigente distrital do PS, Vítor Batista, anda promovendo e liderando aqui pela Figueira.
A cenas semelhantes assisti já nos idos do início e do meio da década de oitenta, também nas sombras dos corredores e dos bastidores, designadamente por Aguiar de Carvalho e outras personalidades “correligionárias” a ele então muito ligadas.
As quais , anos mais tarde, dele passaram a dizer o que nem Maomé se atrevia a dizer do toucinho.
Alguns deles, como é bem conhecido, acabaram depois por lhe dar também umas misericordiosas facadas nas costas, ao que o atingido reagiu mudando para o meio campo do adversário, no que aliás haveria de ser recompensado.
Enfim.. conhecidos jogos do poder e da “política”, ambos com p muito pequenino, que nos remete para a memória dos tempos dos doges de Veneza ou dos Borgias de Roma.

Conheço Luís Marinho desde há muitos anos.
De forma apagada, partilhei com ele algumas lutas por determinadas causas e princípios, nos tempos em que Vítor Constâncio e a sua liderança partidária personificavam uma forma de fazer política em ruptura com a prática do aparelho partidário que então girava em torno de Mário Soares, ao jeito do jacobinismo da 1ª República.

Luís Marinho tem experiência e sólida formação política.
Não é, no campo da esquerda democrática e moderna, nem um neófito nem um cristão-novo.
Não sei avaliar se é ou não um bom candidato, no sentido de poder assegurar um bom resultado eleitoral. Não ando ao par das sondagens que por aí se diz haver.
Estou todavia convicto de que tem potencial – competência, experiência, conduta ética, características de personalidade - para vir a ter , se for eleito, um bom desempenho como Presidente da Câmara da Figueira da Foz, para benefício da cidade e do Concelho.

De resto, este é o critério que deverá ser sempre o determinante em qualquer escolha de um candidato a um cargo de dirigente político, seja qual for e seja de que tipo for.
Mal vai a Política, com P grande, quando a escolha é feita apreciando sobretudo o “potencial vitorioso” dos candidatos.
No caso de assim se fazer, estaremos no domínio da política com p muito pequenino.
E se quiserem um candidato somente com esse “potencial para arrancar uma vitória”, têm muito por onde escolher : desde José Mourinho, a Bárbara Guimarães e até a José Castelo Branco …

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