sexta-feira, abril 01, 2005
CONTRADIÇÕES
Na entrevista hoje concedida ao PUBLICO, António Borges não hesita em afirmar que Santana Lopes representou “um fracasso confirmado pelo eleitorado, que não deixou margem para dúvidas”.
Mas a seguir, à pergunta “ Jorge Sampaio fez em dissolver a AR face a uma governação catastrófica ?”, responde, categórico: “ Não. Essa é outra questão”
Em que ficaremos então?.
Perante a evidência do fracasso da liderança e da actuação de Santana Lopes, generalizadamente reconhecido na altura por tanta e tanta gente, inclusive no seio do próprio PSD , António Borges incluído, deveria então Jorge Sampaio permitir o prolongamento da péssima de Santana Lopes como Chefe do Governo, prolongando a sujeição do País e dos portugueses aos malefícios desse fracasso?
A impopularidade do Governo da coligação já era grande antes da chegada de Santana Lopes ao poder.
Em parte significativa, mas não em toda, devido às medidas impopulares que teve de tomar ao longo de 2 anos.
Mas Jorge Sampaio nunca dissolveria a Assembleia só por essa razão. O fundamento da dissolução não foi a impopularidade do Governo, mas o desastrado e irresponsável desempenho político, pessoal e de liderança de Santana Lopes.
Uma decisão excepcional, tomada num contexto excepcional ou de emergência, não resulta necessariamente num “ precedente grave “ ou no levantamento de uma “espada de Damocles”, como António Borges classifica a decisão do Presidente da República.
É praticamente inevitável que, ao fim de 2 anos de governo, a meio do seu mandato, José Sócrates e o seu Governo venham a ter manifesta impopularidade. Mau sinal será se assim não for.
Não creio, de todo, que Cavaco Silva como Presidente da República venha só por esse efeito a dissolver o Parlamento.
Na entrevista hoje concedida ao PUBLICO, António Borges não hesita em afirmar que Santana Lopes representou “um fracasso confirmado pelo eleitorado, que não deixou margem para dúvidas”.
Mas a seguir, à pergunta “ Jorge Sampaio fez em dissolver a AR face a uma governação catastrófica ?”, responde, categórico: “ Não. Essa é outra questão”
Em que ficaremos então?.
Perante a evidência do fracasso da liderança e da actuação de Santana Lopes, generalizadamente reconhecido na altura por tanta e tanta gente, inclusive no seio do próprio PSD , António Borges incluído, deveria então Jorge Sampaio permitir o prolongamento da péssima de Santana Lopes como Chefe do Governo, prolongando a sujeição do País e dos portugueses aos malefícios desse fracasso?
A impopularidade do Governo da coligação já era grande antes da chegada de Santana Lopes ao poder.
Em parte significativa, mas não em toda, devido às medidas impopulares que teve de tomar ao longo de 2 anos.
Mas Jorge Sampaio nunca dissolveria a Assembleia só por essa razão. O fundamento da dissolução não foi a impopularidade do Governo, mas o desastrado e irresponsável desempenho político, pessoal e de liderança de Santana Lopes.
Uma decisão excepcional, tomada num contexto excepcional ou de emergência, não resulta necessariamente num “ precedente grave “ ou no levantamento de uma “espada de Damocles”, como António Borges classifica a decisão do Presidente da República.
É praticamente inevitável que, ao fim de 2 anos de governo, a meio do seu mandato, José Sócrates e o seu Governo venham a ter manifesta impopularidade. Mau sinal será se assim não for.
Não creio, de todo, que Cavaco Silva como Presidente da República venha só por esse efeito a dissolver o Parlamento.