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segunda-feira, abril 18, 2005

AS REMUNERAÇÕES DOS EXECUTIVOS PORTUGUESES

Num post de hoje, o colega Amicus Ficaria reproduz parte de uma crónica publicada na imprensa espanhola em Setembro de 2004, sobre Portugal.
Deixou todavia de fora uma parte que considero da maior pertinência, e merecedora por isso de também ser transcrita .
Ela aqui vai, já traduzida para português .

(...) Também é o país do grupo ( os 15 países da EU antes do último alargamento) em que os administradores de empresas públicas têm as remunerações mais altas. O argumento mais frequente dos executivos indica que “ o mercado decide os salários”. Consultado por IPS, o ex-ministro das Obras Públicas ( 1995-2002) e actual deputado João Cravinho desmentiu esta teoria.
“ São os próprios administradores que fixam os seus salários, deitando as culpas ao mercado”, disse.
Nas empresas privadas com participação estatal ou nas estatais com accionistas minoritários privados “ os executivos fixam os seus vencimentos astronómicos ( alguns chegam aos 90000 dólares mensais, incluindo bónus e regalias) com a cumplicidade dos accionistas de referência, explicou Cravinho.
Estes mesmos grandes accionistas, “são ao mesmo tempo altos executivos, e todo este sistema, no fundo, funciona em prejuizo do pequeno accionista, que vê uma grossa talhada dos lucros ir parar a contas bancárias dos directores”, lamentou o ex ministro.

Aqui está uma matéria a merecer urgentes medidas legislativas por parte do Governo.
Muito mais urgentes do que regulamentar as limitações dos mandatos dos cargos políticos, muito mais da esfera de competência do Parlamento, e da qual se deveria ocupar, isso sim, o grupo parlamentar do Partido Socialista.

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