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segunda-feira, março 21, 2005

O MEDO

Os mais velhos devem lembrar-se como era, nos tempos da ditadura.
Tínhamos medo da polícia.
Actualmente, em democracia, temos medo que a polícia tenha medo.
Não apenas medo dos criminosos, ou medo de entrar nesta ou naquela rua, neste ou naquele bairro.
Mas medo das televisões, medo das censuras ou das indiferenças dos juízes, no conforto dos seus cadeirões, medo da opinião pública, medo de serem punidos, medo de disparar ou de usar a violência quando não houver outra solução.
Este medo de que a polícia tenha medo é um perigo que nos assusta e deixa apreensivos. Em alguns casos mesmo, terrivelmente angustiados, como acontece com os moradores de alguns bairros da Amadora, por exemplo.

E os mais despertos e experientes, porventura começarão também a sentir medo que este clima de medo possa alastrar para um medo à democracia e à liberdade.

Para o evitar, é imperioso que o trabalho espinhoso da polícia seja melhor apoiado e compreendido por todos os cidadãos, e sobretudo pelos meios de comunicação e pelos dirigentes políticos.
Sem pruridos e sem complexos de charme pseudo progressista de carpideiras defensores de um social-porreirismo, que ao mais leve uso de uma violência por vezes indispensável, por parte da polícia, começam logo a gritar que aqui d’el Rei lá vêm “eles” com soluções securitárias e que os culpados não são os coitadinhos dos criminosos , mas sim o “sistema” …

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