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segunda-feira, março 28, 2005

LIDO NO FIM DE SEMANA

É bom dizer que José Sócrates conseguiu, nestas duas semanas à frente do Governo, distanciar-se de António Guterres.
Sobretudo no estilo.
Guterres era redondo, palavroso mas pouco afirmativo, avesso a fazer rupturas e afrontar grupos de interesses.
Sócrates é cortante, fala pouco, gosta de marcar posições e não teme os confrontos.

José António Saraiva, in “Expresso” de 25.Março.2005


(...) Delgado, admirado com a boa prestação de Sócrates no Parlamento escreve :” É caso para dizer que este PM poderia ser muito bem de centro direita”.
Estamos, assim, perante o comentador-Sol. Delgado situa-se num ponto em relação ao qual se definem os actores políticos. Sócrates, manifestamente, enganou-se ao afirmar-se de esquerda.
Um homem de esquerda não pode, do ponto de vista de Delgado, ter a competência de Sócrates, o discurso de Sócrates, as propostas de Sócrates.
Por isso, é tempo de cada primeiro-ministro e cada deputado, antes de se definir publicamente como de direita ou de esquerda, fazer o teste Delgado.
Ele, lá do seu alto critério, lhs dirá em que área se deverão situar.

Henrique Monteiro, in “Expresso” de 25.Março.2005


A JS, fazendo coro com o BE, diz mesmo que quer o referendo antes do Verão, como se esta fosse a mais importante questão política do País.
Para um País com os problemas que este tem, esta urgência soa a ridículo.
Sendo, obviamente, um assunto de grande importância, todo o esforço sensato do Governo e da maioria deveria ser no sentido de o desideologizar e despolitizar e não, como é claramente táctica dos bloquistas, torná-lo uma arma de arremesso da esquerda contra a direita, dos não católicos contra os católicos, enfim destes contra aqueles

Henrique Monteiro, in “Expresso” de 25.Março.2005

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