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terça-feira, março 15, 2005

DA IRONIA EDUCADA AO INSULTO

No seu blogue, Lídio Lopes dedica-me um mal humorado, extenso e prolixo post, com 997 palavras, 4582 caracteres e 29 kB. Trata-me sempre por Sr. Engº , pormenor a que acho alguma graça.
Fiquei surpreendido com a irritabilidade e a virulência demonstradas. Não sei se terão a ver com a proximidade da campanha eleitoral para as autarquias e com a composição das listas candidatas.Ou com algum nervosismo resultante do regresso à Câmara Municipal do deputado Pereira Coelho.
Mas também fico perplexo e de certo modo lisonjeado pela importância que dá a um singelíssimo post aqui publicado em estilo irónico e algo sarcástico, é verdade, mas sem nunca deslizar para o insulto.
E no entanto, Lídio Lopes considerou-o insultuoso ! Vejam só!...
Meu Deus!..que ideia tem e faz da polémica e do debate democrático?
Um blogue não é uma espécie de “diário publicado”, para o público ler? O seu conteúdo não pode ser comentado, ironizado, satirizado, criticado? E chama a isso “ cerzir comentários venenosos” e não sei mais o quê?
Claro que continuo e continuarei a ir lá ler o seu blogue, não precisando obviamente de autorização para o fazer . Ou isso será “ espiolhar microscopicamente o que os outros dizem” ?.
Meu Deus...que ideia e que conceito tem e faz da blogosfera!...

Como habitualmente, Lídio Lopes desdobra-se a falar muito dele próprio, na chamada primeira pessoa do plural majestático : sobre a sua entrega à causa pública, sobre o que tem feito pela terra, sobre o seu trabalho, intenso e desinteressado, sobre a sua disponibilidade para ajudar os outros, e por aí fora , revelando uma muito grande auto estima . A qual, se não for em grande excesso, até lhe ficará bem.
De caminho, aproveita para me chamar um ror de nomes feios. É mau sinal. É sinal de que não está muito à vontade e não tem mais argumentos.
Como me prezo de ser pessoa educada, não respondi nem responderei no mesmo tom.
E por isso por aqui me fico . Ponto final, parágrafo.


Post scriptum
Insinuando que eu fiz o contrário dele, Lidio Lopes escreve a certa altura : “Lembre-se, eu nunca me demiti das responsabilidades que assumi, até hoje “.
Acha mesmo que essa característica, levada “à outrance” , representa uma grande virtude? Muito haveria a comentar sobre isso.
Pela parte que me toca, e porque nunca fiz profissão da política, nem desta precisei ou preciso para viver ou sobreviver, confesso que a capacidade para engolir sapos e elefantes vivos não é, felizmente, ilimitada .
E sobre a chamada “demissão” de que insiste em me acusar, também muito haveria para contar.

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