<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, janeiro 10, 2005

O REGISTO NECESSÁRIO PARA O ACTUAL DISCURSO POLÌTICO

Para o site do fórum Novas Fronteiras enviei o seguinte contributo

Começo a ficar um pouco intranquilo perante os sinais que me vão chegando das intervenções políticas de José Sócrates e de outros líderes do Partido Socialista .
Ouvem-se as primeiras promessas eleitorais , surgem as primeiras formulações de objectivos muito ambiciosos , despertam-se as primeiras expectativas e ilusões ao eleitorado , sentem-se aqui e além alguns primeiros sinais de tentações eleitoralistas .
Mais do que receber promessas , conhecer longas e detalhadas listagens de objectivos , e criar ilusões , eu e muitos e muitos mais portugueses preferíamos ouvir o Secretário Geral do PS e candidato a Primeiro-Ministro , adoptar um discurso político mais ou menos no seguinte registo :

“Não queremos criar ilusões nos espíritos dos portugueses. E não as criaremos.
Portugal tem pela frente, nos próximos tempos, desafios muito difíceis e esforços muito exigentes.
Os quais vão requerer de todos os portugueses muito trabalho, muito rigor, muita paciência, austeridade e até algum sacrifício. A começar pelos governantes e dirigentes, e tendo sempre presentes preocupações de justiça, ajuda e solidariedade social para com os economicamente mais desfavorecidos.
O governo do Partido Socialista irá dar o exemplo, moralizar a vida política, recusar o facilitismo e as visões imediatistas, reforçar a autoridade do estado democrático, para assim mobilizar e motivar os portugueses.
Eu e o meu governo iremos governar pensando em Portugal e no seu futuro, e não no Partido Socialista.
Se acaso , dentro de quatro anos , o eleitorado vier a estar eventualmente descontente connosco , agastado por causa da nossa política de rigor , de exigência e de verdade e , como consequência , perdermos as seguintes eleições legislativas , e outros vierem a seguir colher os frutos da nossa coragem e do nosso trabalho , paciência .
Não nos importaremos, se tivermos governado para bem de Portugal.”


Tenho o forte palpite que haverá muita ingenuidade neste meu contributo e que ele não valerá de muito . Talvez nem venha a ser mesmo escolhido para publicação.
Paciência. Deus queira que esteja enganado.
De qualquer forma, ficou o meu contributo, assim a jeito de voto de braço no ar.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?