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quinta-feira, janeiro 20, 2005

MAIS UMA…

Ai está, se preciso fosse, mais uma demonstração do nível intelectual e na natureza do carácter de Santana Lopes : a falsa acusação de José Sócrates ter nomeado o Inspector Geral do Ambiente, já com o Governo em gestão.
O principal conselheiro do ainda 1º Ministro parece ser de facto Miguel Almeida , figura bem conhecido dos figueirenses, e que chega a causar ataques de urticária, até a alguns dirigentes locais do PPD-PSD . E estará tudo dito sobre a categoria humana e política de Santana Lopes.
Em declarações à rádio, Miguel Almeida confessou ter sido ele a “soprar” a Santana Lopes o “escândalo” da nomeação de Filipe Baptista como Inspector Geral do Ambiente , por José Sócrates , quando este estava como Ministro do Ambiente em gestão , já depois da vitória eleitoral do PSD em 2002.
A demagogia que Santana Lopes fez em redor deste tema, quando arengou ontem em comício partidário realizado em Almada!..
Veio também o mesmo Miguel Almeida reconhecer que tal acusação era falsa.
Enganou-se, trocou os nomes, explicou. Santana Lopes confiou na sabedoria sem limites do seu conselheiro e fez por conseguinte afirmações falsas. Muito feio para um 1º Ministro. Mas não irá pedir desculpa, não senhor.
É que, ainda segundo o conselheiro Miguel Almeida, o nome que ele queria referir era o de João Gonçalves. Não era à Inspecção Geral do Ambiente que ele desejava aludir, mas sim ao Instituto do Ambiente (IA). Muito provavelmente, confunde as duas organizações, e não saberá reconhecer as diferenças de competências entre uma e outra.
Como um cesteiro que faz um cento faz cem, duvido, até prova em contrário, que a nomeação de João Gonçalves para o IA tenha sido realmente feita por José Sócrates com o governo em gestão. Mas admitamos que assim tenha sido. Por princípio, acharia errado e politicamente condenável.
Em todo o caso, convirá lembrar um pequeno-grande pormenor.
João Gonçalves era Director Geral do Ambiente pelo menos desde finais de 2000. A Lei Orgânica do Instituto do Ambiente foi publicada no Diário da República em 9 de Janeiro de 2002, depois de promulgada pelo Presidente da República em 19 de Dezembro de 2001, depois de aprovada em Conselho de Ministros em 21 de Novembro de 2001. Muito antes, portanto, das eleições autárquicas que levaram António Guterres à demissão. Melhor dizendo, à fuga, para não se atolar no pântano.
A Direcção Geral do Ambiente deu directamente origem ao Instituto do Ambiente, nome com que de certo modo foi rebaptizada.
Seria pois natural que, com a mudança de nome, se mantivesse o mesmo dirigente.
Sucede ainda que João Gonçalves é um quadro técnico superior de indesmentível competência, de larga experiência em matérias de Ambiente, e sem conhecida actividade partidária, se é que terá filiação alguma. Não é nenhum Miguel Almeida.

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