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domingo, janeiro 02, 2005

A ANIMAÇÃO TURISTICA


Em especial a partir do tempo de Santana Lopes na Câmara Municipal da Figueira da Foz , têm sidodispendidas muitas centenas de milhares de contos e muitos milhões de euros na chamada animação turística , o que terá servido para reforçar uma imagem da Figueira da Foz mais como terra de lazer , de folguedos e de cachondeo , e menos como terra de trabalho industrial e portuário .
O mesmo modelo de acção política e de gestão municipal foi e é seguido pelo actual executivo camarário , com o fundamento de que é indispensável “investir” ( com aspas...) dessa maneira para fazer crescer o negócio turístico na Figueira da Foz , considerado como “estruturante” para o seu desenvolvimento .
Em números redondos , foram transferidos os seguintes montantes para a Figueira Grande Turismo (FGT) :
- em 2001 : 2,5 ME (milhões de euros )
- em 2002 : 3,5 ME
- em 2003 : 3,8 ME

Para 2004 , ficaram previstas no Orçamento municipal transferências correntes para as empresas municipais da ordem de 4,6 ME , verba da qual estimo que 90% tenha sido para a FGT
( ou seja, 4,1 ME ) .
No orçamento para 2005 , segundo foi anunciado, a transferência corrente para a FGT ascende a 4,9 ME ( qualquer coisa como 900 mil contos na moeda antiga) .
Um tamanho volume de recursos financeiros gastos na animação (“investidos “ para alguns espíritos mais simplistas e mais dados a festas...) deve certamente estar a dar retorno e frutos substantivos .
Era essa avaliação que era imperioso fazer-se . Através do cálculo e divulgação de indicadores .
Quantificando, por exemplo , a taxa de ocupação agregada anual dos estabelecimentos de hotelaria da cidade , e comparando o valor actual com o verificado por volta de 1998 ou 1999 .
De momento, conheço apenas o valor deste indicador referente a 2002 , que foi de 24% , inferior ao valor agregado nacional ( 41 % ) apurado para o mesmo ano , assim como ao de Coimbra ( 39% ) , para não comparar já com o de Albufeira ( 50% ) . Números sobre os quais valerá a pena reflectir .
A FGT ou a Câmara Municipal devem seguramente conhecer os valores daquele indicador e a sua evolução no decorrer dos últimos 5 ou 6 anos .
Têm por isso obrigação de lhes dar ampla divulgação , para os munícipes poderem avaliar da bondade e da eficácia das opções tomadas naquele domínio.
Se acaso o aludido indicador não apresentasse uma evolução no sentido crescente , tal significaria que as vultuosas verbas gastas não têm contribuído para alcançar os objectivos alegadamente visados . E que a dita “animação” teria apenas servido para manter entretidas e animadas as gentes indígenas .
Objectivo que por vezes parece orientar a acção política de muito conceituados responsáveis , ao jeito do modelo de política espectáculo adoptado por Santana Lopes , primeiro na Figueira da Foz , depois na Câmara de Lisboa e por fim, durante 4 meses, como Primeiro Ministro .

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