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terça-feira, novembro 30, 2004

SER NORMAL E FAZER SENTIDO

Um ministro de Santana Lopes , José Luís Arnaut , estava desagradado com o desempenho de um organismo do Estado presidido por Miguel Cadilhe , o qual , organismo, é tutelado por outro colega ministro , Álvaro Barreto , e achava que aquele desempenho estava a levantar problemas à sua acção política, dele , ministro José Luís Arnaut .
O mais natural seria reunir-se com o colega ministro Álvaro Barreto , telefonar-lhe por telemóvel, mandar-lhe um e-mail , almoçar ou jantar com ele, sei lá…
Mas não. Escreve-lhe uma carta . Podia ter sido um memo, uma comunicação interna , mas foi uma carta .
Depois , telefona ao ministro Álvaro Barreto a informá-lo que escrevera a carta .
Entretanto , uma cópia da carta chega também aos meios de comunicação social , não se sabe bem se por iniciativa do ministro que escreveu a carta , ou do seu gabinete , mas é de suspeitar que tenha sido assim mesmo .
O ministro destinatário da carta , Alvaro Barreto, com o ar mais cândido deste mundo, diz às televisões quem sim senhor , tudo está bem assim, não há nenhum drama nem nenhum problema com a carta , isto de receber uma carta de um colega ministro não tem nada de mal nem de surpreendente.

Isto será normal e fará algum sentido?.
Não é normal nem faz nenhum sentido.
Ou melhor , talvez faça , em Portugal e com este Governo de Santana Lopes , como indício da existência de um clima de intriga e de guerrilha interna entre os ministros , eventualmente entre ministros e secretários de estado , ou entre secretários de estado e secretários de estado.
Como não será normal nem fará sentido , num país da União Europeia , ter como Primeiro Ministro uma figura como Santana Lopes e como Ministro da Defesa um indivíduo como Paulo Portas .

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