segunda-feira, novembro 01, 2004
DUAS ENTREVISTAS ?...
Em espantoso simultâneo e completa sintonia , o Diario As Beiras e o Figueirense , publicaram
ambos , com a diferença de um dia , extensas entrevistas a Miguel de Almeida , figura figueirense bem conhecida , fidelíssimo e dedicadíssimo prosélito e colaborador de Santana Lopes e , por esse efeito, actual Presidente do Conselho de Administração da Empresa Geral de Fomento (EGF) . Que acumula ainda com a presidência da ERSUC e da Suldouro .
Se tal não se soubesse já , a coincidência serve para demonstrar como está efectivamente domesticada pelo actual poder político a imprensa local e regional , que assim se presta , submissa e reverentemente , a fazer fretes aos próceres regionais do regime santanista , diante dos quais se coloca de cócoras .
É sobejamente reconhecido pela opinião pública figueirense que a nomeação de Miguel Almeida para a sinecura da EGF , é um dos mais flagrantes exemplos da descarada prática de clientelismo e nepotismo do polvo laranja e azul , cuja cabeça é Santana Lopes , assessorado por Paulo Portas .
O facto das entrevistas aparecerem agora , assim em simultâneo , dão que pensar , e poderão aliás suscitar outras especulações políticas .
Será que se estará a preparar um conjunto de acções promocionais de uma futura candidatura de Miguel Almeida à Câmara Municipal da Figueira da Foz , pelo PPD-PSD , nas eleições autárquicas de Outubro de 2005 ?
Sei lá! A gente vê cada coisa por aí , que já nada nos deverá espantar...
As duas entrevistas , se foram dadas separadamente , parecem tiradas uma da outra pelo sistema de “copy-paste”....
Contêm uma profusão imensa de detalhes , de números precisos, de percentagens expressas até à primeira casa decimal , o que claramente é indicativo do contexto de grande “espontaneidade” em que foram recolhidas ...
Ambas têm pedaços de prosa muito curiosos e por vezes reveladores da profundidade intelectual do insigne entrevistado .
Passo a citar uma meia dúzia .
“ Recordações fantásticas . Adorei o trabalho que fiz na Figueira sob a liderança de alguém que até à ida para a Figueira eu não conhecia , alguém que aprendi a respeitar e a admirar imenso (...) “
“ A EGF – Empresa Geral de Fomento é o braço armado do Governo enquanto empresa “
“ Terminado o mandato (na Figueira) , estive seis meses a viver em Espanha , a desenvolver um negócio de restauração”
“ Lisboa foi um trabalho muito interessante , conheci pessoas interessantes (...) e o lugar de chefe de gabinete deu-me uma perspectiva muito diferente da vida.(...) Mas apesar de tudo , é mais interessante , do ponto de vista da proximidade com as pessoas, o trabalho que fiz na Figueira”
“ Só no universo da EGF , há dois meses atrás , a dívida era de sete milhões de contos, ou seja , os municípios têm dificuldades em assumir os seus compromissos nisto . E não é porque querem , é porque os momentos , principalmente, para os municípios , são dificeis (...) . Obviamente que se trata de um problema que tem sempre solução . Como se costuma dizer o Estado é mau pagador, mas paga . Só que há situações aqui em que o Estado ( e neste caso os municípios ) é mau pagador há muito tempo . Temos , por isso, um problema complicado “.
“ Não queremos a incineração...mas não desistimos da queima “
“ Como não admito a ninguém que seja mais ambientalista do que eu , também não admito a ninguém que seja mais sério que eu”
Em espantoso simultâneo e completa sintonia , o Diario As Beiras e o Figueirense , publicaram
ambos , com a diferença de um dia , extensas entrevistas a Miguel de Almeida , figura figueirense bem conhecida , fidelíssimo e dedicadíssimo prosélito e colaborador de Santana Lopes e , por esse efeito, actual Presidente do Conselho de Administração da Empresa Geral de Fomento (EGF) . Que acumula ainda com a presidência da ERSUC e da Suldouro .
Se tal não se soubesse já , a coincidência serve para demonstrar como está efectivamente domesticada pelo actual poder político a imprensa local e regional , que assim se presta , submissa e reverentemente , a fazer fretes aos próceres regionais do regime santanista , diante dos quais se coloca de cócoras .
É sobejamente reconhecido pela opinião pública figueirense que a nomeação de Miguel Almeida para a sinecura da EGF , é um dos mais flagrantes exemplos da descarada prática de clientelismo e nepotismo do polvo laranja e azul , cuja cabeça é Santana Lopes , assessorado por Paulo Portas .
O facto das entrevistas aparecerem agora , assim em simultâneo , dão que pensar , e poderão aliás suscitar outras especulações políticas .
Será que se estará a preparar um conjunto de acções promocionais de uma futura candidatura de Miguel Almeida à Câmara Municipal da Figueira da Foz , pelo PPD-PSD , nas eleições autárquicas de Outubro de 2005 ?
Sei lá! A gente vê cada coisa por aí , que já nada nos deverá espantar...
As duas entrevistas , se foram dadas separadamente , parecem tiradas uma da outra pelo sistema de “copy-paste”....
Contêm uma profusão imensa de detalhes , de números precisos, de percentagens expressas até à primeira casa decimal , o que claramente é indicativo do contexto de grande “espontaneidade” em que foram recolhidas ...
Ambas têm pedaços de prosa muito curiosos e por vezes reveladores da profundidade intelectual do insigne entrevistado .
Passo a citar uma meia dúzia .
“ Recordações fantásticas . Adorei o trabalho que fiz na Figueira sob a liderança de alguém que até à ida para a Figueira eu não conhecia , alguém que aprendi a respeitar e a admirar imenso (...) “
“ A EGF – Empresa Geral de Fomento é o braço armado do Governo enquanto empresa “
“ Terminado o mandato (na Figueira) , estive seis meses a viver em Espanha , a desenvolver um negócio de restauração”
“ Lisboa foi um trabalho muito interessante , conheci pessoas interessantes (...) e o lugar de chefe de gabinete deu-me uma perspectiva muito diferente da vida.(...) Mas apesar de tudo , é mais interessante , do ponto de vista da proximidade com as pessoas, o trabalho que fiz na Figueira”
“ Só no universo da EGF , há dois meses atrás , a dívida era de sete milhões de contos, ou seja , os municípios têm dificuldades em assumir os seus compromissos nisto . E não é porque querem , é porque os momentos , principalmente, para os municípios , são dificeis (...) . Obviamente que se trata de um problema que tem sempre solução . Como se costuma dizer o Estado é mau pagador, mas paga . Só que há situações aqui em que o Estado ( e neste caso os municípios ) é mau pagador há muito tempo . Temos , por isso, um problema complicado “.
“ Não queremos a incineração...mas não desistimos da queima “
“ Como não admito a ninguém que seja mais ambientalista do que eu , também não admito a ninguém que seja mais sério que eu”
