terça-feira, outubro 05, 2004
A VOZ DO DONO OU O MINISTRO CENSOR
Hoje, 5 de Outubro no ABRUPTO :
Trata-se nem mais nem menos do que denunciar algo que numa democracia sempre seria tido como muito grave: um apelo de responsabilidade do Primeiro-ministro, via Ministro dos Assuntos Parlamentares, à utilização do aparelho de Estado para punir um delito de opinião de um comentador político, que fala numa televisão privada, em moldes que só a ambos dizem respeito, à TVI e a Marcelo Rebelo de Sousa. É de liberdade de expressão que se trata, e isso por si só justificaria a demissão do ministro
Hoje , 5 de Outubro, no Portugal dos Pequeninos :
Rui Gomes da Silva é amigo de Santana Lopes e dos íntimos. Esta patriótica circunstância fez dele ministro dos Assuntos Parlamentares em substituição de Luís Marques Mendes, por sinal o único que levou a sério o que andava a fazer. Na dupla qualidade de membro do governo do amigo e de amigo daquele amigo, Gomes da Silva veio defender a mordaça para Marcelo Rebelo de Sousa. Incomodado com a acutilância marcelista, este valente democrata sugeriu já uma intervenção da insigne inutilidade pública que dá pelo nome de Alta Autoridade para a Comunicação Social. Segundo Silva, Marcelo destila o "comentário do ódio" e, sozinho, é pior do que toda a oposição junta. Vai daí, Silva entende que a "desfaçatez" de Marcelo deve ser sumariamente controlada quando não mesmo silenciada, a bem da Nação e deste governo de "coragem" (sic). Silva e Marcelo, embora não pareça, são do mesmo partido, o PPD/PSD. Entre eles, contudo, há uma abissal diferença. Silva comporta-se como um serventuário caciqueiro que naturalmente espera que digam do Chefe aquilo que o Chefe, ou ele, esperam ouvir. Marcelo, infinitamente mais subtil e a milhas de ser uma pura nulidade política, ainda é um homem livre. Este "evangelho segundo Silva" é uma pequena mas significativa demonstração da religião oficial destinada a ungir uma só pessoa. Depois não digam que não avisámos.
Hoje , 5 de Outubro, no Bloguitica :
A blogosfera está a centrar em excesso as atenções nas declarações de Rui Gomes da Silva e a poupar, inadvertidamente, Pedro Santana Lopes.Por outras palavras, está a ocorrer uma sessão de tiro no alvo errado. Rui Gomes da Silva é apenas a marionete que diz aquilo que o ventríloco Pedro Santana Lopes quer que ele diga.Ora, quando o ventríloco é mau, a culpa não é da marionete, pois não?Repito aquilo que afirmei no Post 1976: quem está a liderar a campanha contra Marcelo Rebelo de Sousa não é Rui Gomes da Silva, mas sim o próprio gabinete de Pedro Santana Lopes.O que, por sua vez, levanta uma outra questão: alguém acha que o primeiro-ministro não tem conhecimento do que se está a passar?
Hoje, 5 de Outubro no ABRUPTO :
Trata-se nem mais nem menos do que denunciar algo que numa democracia sempre seria tido como muito grave: um apelo de responsabilidade do Primeiro-ministro, via Ministro dos Assuntos Parlamentares, à utilização do aparelho de Estado para punir um delito de opinião de um comentador político, que fala numa televisão privada, em moldes que só a ambos dizem respeito, à TVI e a Marcelo Rebelo de Sousa. É de liberdade de expressão que se trata, e isso por si só justificaria a demissão do ministro
Hoje , 5 de Outubro, no Portugal dos Pequeninos :
Rui Gomes da Silva é amigo de Santana Lopes e dos íntimos. Esta patriótica circunstância fez dele ministro dos Assuntos Parlamentares em substituição de Luís Marques Mendes, por sinal o único que levou a sério o que andava a fazer. Na dupla qualidade de membro do governo do amigo e de amigo daquele amigo, Gomes da Silva veio defender a mordaça para Marcelo Rebelo de Sousa. Incomodado com a acutilância marcelista, este valente democrata sugeriu já uma intervenção da insigne inutilidade pública que dá pelo nome de Alta Autoridade para a Comunicação Social. Segundo Silva, Marcelo destila o "comentário do ódio" e, sozinho, é pior do que toda a oposição junta. Vai daí, Silva entende que a "desfaçatez" de Marcelo deve ser sumariamente controlada quando não mesmo silenciada, a bem da Nação e deste governo de "coragem" (sic). Silva e Marcelo, embora não pareça, são do mesmo partido, o PPD/PSD. Entre eles, contudo, há uma abissal diferença. Silva comporta-se como um serventuário caciqueiro que naturalmente espera que digam do Chefe aquilo que o Chefe, ou ele, esperam ouvir. Marcelo, infinitamente mais subtil e a milhas de ser uma pura nulidade política, ainda é um homem livre. Este "evangelho segundo Silva" é uma pequena mas significativa demonstração da religião oficial destinada a ungir uma só pessoa. Depois não digam que não avisámos.
Hoje , 5 de Outubro, no Bloguitica :
A blogosfera está a centrar em excesso as atenções nas declarações de Rui Gomes da Silva e a poupar, inadvertidamente, Pedro Santana Lopes.Por outras palavras, está a ocorrer uma sessão de tiro no alvo errado. Rui Gomes da Silva é apenas a marionete que diz aquilo que o ventríloco Pedro Santana Lopes quer que ele diga.Ora, quando o ventríloco é mau, a culpa não é da marionete, pois não?Repito aquilo que afirmei no Post 1976: quem está a liderar a campanha contra Marcelo Rebelo de Sousa não é Rui Gomes da Silva, mas sim o próprio gabinete de Pedro Santana Lopes.O que, por sua vez, levanta uma outra questão: alguém acha que o primeiro-ministro não tem conhecimento do que se está a passar?