sábado, setembro 11, 2004
RESPONSABILIDADE OBJECTIVA
Com voz inflamada e ar indignado , o Ministro do Ambiente , citando as conclusões do inquérito ao acidente industrial grave ocorrido nos oleodutos da refinaria de Matosinhos , acusou anteontem a empresa GALP de ser responsável pela existência de falhas graves de planeamento e de segurança , e de não aplicar nas suas operações industriais os mais exigentes códigos de boas práticas definidos internacionalmente .
Escassas duas semanas antes , António Mexia , agora Ministro das Obras Públicas , Transportes e Comunicações , era ainda o Administrador da GALP , ou seja , o responsável máximo pela organização , pelo bom ou pelo mau que nela porventura ocorresse .
Ou só se é Administrador para ter as mordomias do estilo e para receber remunerações complementares no final do ano , pelo sucesso ou bom desempenho dos negócios?
Importaria de facto apurar se e em que medida , opções estratégicas tomadas por António Mexia , enquanto Administrador da GALP , não teriam fragilizado a capacidade de certas áreas orgânicas da empresa para darem resposta pronta e adequada a situações de emergência como a ocorrida.
No tocante , por exemplo, à responsabilidade sobre a eventual sub-contratação ( é mais moderno dizer-se “outsourcing”...) da manutenção ou de outros processos e serviços de suporte , coisa que é muito comum acontecer hoje em dia nas empresas , num contexto de uma obsessiva política de redução de custos , para reverente satisfação de exigências de quem manda mais ...
Já agora, também seria interessante especular se , caso o acidente industrial grave tivesse ocorrido 3 semanas antes , António Mexia teria sido ou não convidado para Ministro...
É cá uma dúvida que eu tenho...
Com voz inflamada e ar indignado , o Ministro do Ambiente , citando as conclusões do inquérito ao acidente industrial grave ocorrido nos oleodutos da refinaria de Matosinhos , acusou anteontem a empresa GALP de ser responsável pela existência de falhas graves de planeamento e de segurança , e de não aplicar nas suas operações industriais os mais exigentes códigos de boas práticas definidos internacionalmente .
Escassas duas semanas antes , António Mexia , agora Ministro das Obras Públicas , Transportes e Comunicações , era ainda o Administrador da GALP , ou seja , o responsável máximo pela organização , pelo bom ou pelo mau que nela porventura ocorresse .
Ou só se é Administrador para ter as mordomias do estilo e para receber remunerações complementares no final do ano , pelo sucesso ou bom desempenho dos negócios?
Importaria de facto apurar se e em que medida , opções estratégicas tomadas por António Mexia , enquanto Administrador da GALP , não teriam fragilizado a capacidade de certas áreas orgânicas da empresa para darem resposta pronta e adequada a situações de emergência como a ocorrida.
No tocante , por exemplo, à responsabilidade sobre a eventual sub-contratação ( é mais moderno dizer-se “outsourcing”...) da manutenção ou de outros processos e serviços de suporte , coisa que é muito comum acontecer hoje em dia nas empresas , num contexto de uma obsessiva política de redução de custos , para reverente satisfação de exigências de quem manda mais ...
Já agora, também seria interessante especular se , caso o acidente industrial grave tivesse ocorrido 3 semanas antes , António Mexia teria sido ou não convidado para Ministro...
É cá uma dúvida que eu tenho...